A reunião de apresentação do projeto que pretende transformar o bairro Espinheiros em espaço turístico de Joinville ocorreu na noite da última terça-feira, 16, reunindo lideranças e representantes de entidades comunitárias e religiosas, moradores e comerciantes do bairro. Representando o setor de gastronomia, estiveram presentes proprietários de bares e restaurantes do bairro e o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Joinville e Região (VivaBem).
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O presidente do VivaBem, Raulino Schmitz, afirmou durante o evento que o novo projeto urbanístico para o Espinheiros é um resultado da integração entre o poder público e a comunidade. Ele ressaltou que o bairro tem vocação para a gastronomia e tradição em frutos do mar.
— Com o trabalho em conjunto, a nossa Ilha dos Espinheiros poderá se tornar a ‘menina dos olhos’ de Joinville — avalia.
O empresário Paulo Müller, proprietário de uma petisqueira local, também participou da reunião e afirmou que a implementação das primeiras etapas do projeto, com requalificação do espaço urbano e a instalação do pórtico na entrada do bairro, já são um importante estímulo para a região.
Segundo Müller, os proprietários de bares e restaurantes estão se mobilizando para fortalecer o segmento, atraindo novos estabelecimentos para aumentar a oferta de opções gastronômicas da região e aumentar o público que visita o Espinheiros.
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— Precisávamos do reforço do poder público e agora é nossa obrigação unir forças para também buscar apoio junto a outras entidades que já manifestaram interesse em apoiar a criação da nossa Rota Gastronômica da Ilha dos Espinheiros. Mesmo em etapas, as melhorias já chamam a atenção para o bairro. Estamos todos confiantes — afirmou.
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável (Sepud), informou que as primeiras intervenções devem começar no segundo semestre deste ano. O investimento total é de R$ 6,8 milhões em recursos do Ministério do Turismo — dos quais o município já tem garantido R$ 2,2 milhões — além de recursos ainda não calculados para desapropriações (pagamento que deve ser feito pela Prefeitura).
Conheça as etapas do projeto:
1ª etapa:
O trecho entre a rua Agostinho dos Santos e o Porta do Mar, receberá melhoria no calçamento e novas áreas de passeio (calçadas) com ciclofaixas compartilhadas. Também serão construídos novos passeios na extensão da avenida Prefeito Baltazar Buschle, inclusive com trechos de calçada suspensa para preservação do mangue. A requalificação contempla nova iluminação e canteiros com destaque para as palmeiras imperiais. Em área próxima ao Porta do Mar, haverá um deck de contemplação com vista para a Baía da Babitonga. A obra custará R$ 1,8 milhão e já tem recursos assegurados por meio do Ministério do Turismo. A Prefeitura está na fase final da elaboração do projeto executivo e a intenção é lançar o edital da obra no segundo semestre deste ano.
2ª etapa:
Será construído um pórtico na entrada da ilha do Espinheiros, com investimento de R$ 400 mil já assegurados por meio do Ministério do Turismo. O monumento será constituído por três estruturas, cada uma com até 15 metros de altura. A identidade visual da estrutura foi inspirada em elementos locais característicos: as raízes da árvore mangue-vermelho, as garras do caranguejo-uçá e o contorno dos barcos pesqueiros, veleiros e iates. A Prefeitura está na fase final da elaboração do projeto executivo e a intenção é lançar o edital da obra no segundo semestre deste ano.
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3ª etapa:
Será criada uma rota gastronômica, levando em consideração os restaurantes e comércios já existentes na região. Ela incluirá trechos das ruas Prefeito Baltazar Buschle, Antônio Gonçalves, Érico Venâncio Alves e João da Silva. Esta etapa inclui a revitalização dos passeios, colocação de mobiliário urbano (bancos, mesas, bicicletários e lixeiros), paisagismo, iluminação e ciclofaixa na extensão da rota. Ainda não há recursos assegurados para essa etapa e nem previsão para execução das obras.
4ª etapa:
Será ampliado o espaço do Parque Porta do Mar. A área vai oferecer rua compartilhadas e áreas com redução de velocidade, favorecendo o pedestre a circular livremente no parque, tratamento de superfície, pavimentação e mobiliários urbanos, áreas de lazer e playground para as crianças, áreas de contemplação e bosque, quiosques com vegetação nativa e sanitários, arquibancadas, espaço multiuso para a realização de eventos e prática de atividades esportivas. Ainda não há recursos assegurados para essa etapa e nem previsão para execução das obras.