A paixão por um clube nem sempre vem de família, mas precisa começar por alguém. Carlos Henrique foi quem deu início a tradição na família Heinert. Aos 14 anos, já escutava os jogos do Juventus, de Jaraguá do Sul, pelo rádio enquanto ouvia de casa os fogos de artifício antes das partidas no Estádio João Marcatto. O amor pelo Moleque Travesso alcançou outro patamar quando ele conseguiu assistir um jogo pela primeira vez.

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Era a semifinal da Série B1 (atual Série C) do Campeonato Catarinense. Entre os torcedores presentes no João Marcatto, estava o adolescente Carlos, que havia convencido o pai a levá-lo ao estádio. A vitória por 1 a 0 sobre o Figueirense B e a festa da torcida, misturada com uma emoção que até hoje não consegue explicar, mexeu ainda mais com o coração do jovem.

Uma história que começou há 15 anos e que superou obstáculos pelo caminho. Hoje, com 30 anos, Carlos mora em Barra Velha, no Norte do Estado, onde é proprietário de um comércio. A distância de cerca de 60 quilômetros não impede que o torcedor apaixonado veja os jogos do Juventus. No ano passado, não perdeu nenhuma partida do Juventus em casa e ainda assistiu outros quatro na casa dos adversários.

É o time da cidade em que nasci e fui criado, então criei um amor pelo clube. É sofrido, mas é divertido. Time pequeno é assim, a gente sofre, sai chateado, mas no outro domingo está lá de novo – descreve o torcedor.

Carlos é sócio do Juventus desde que o clube lançou a modalidade há cerca de sete anos. Desde o começo da torcida pelo clube, já teve decepções e alegrias. E isso tudo em um mesmo ano. No Catarinense de 2013, o Juventus fez um bom primeiro turno, empolgando a torcida para a segunda metade da competição. Porém, uma crise financeira fez o time perder vários jogadores e as derrotas começaram a aparecer, com direito a uma goleada por 8 a 0 sofrida contra o Criciúma.

É um clube que passou por muitas dificuldades e acabou afastando o torcedor, mas a gente sempre ficou firme – ressalta.

Para o Catarinense deste ano, a expectativa é ver um time competitivo após a reformulação e os investimentos feitos pela diretoria nos últimos anos. No entanto, Carlos tem a consciência de que o primeiro objetivo é fugir do rebaixamento para depois sonhar com uma vaga na Série D do Brasileiro ou na Copa do Brasil.

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A única garantia é a presença nos jogos do Juventus no João Marcatto, acompanhado da esposa e da filha de um ano, que é a esperança de manter a paixão pelo clube na família por mais algumas gerações.