A relação entre Joinville Esporte Clube e o comerciante Cassiano Meurer, 42 anos, existe há quase quatro décadas. O torcedor nasceu apenas um ano após a fundação do clube e com três anos foi ao estádio pela primeira vez para acompanhar um jogo do Tricolor. Na época, o JEC foi octacampeão do Campeonato Catarinense e a torcida vivia tempos de glória. A paixão não demorou a brotar no coração do pequeno torcedor.

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No início, a tia e o pai levavam o garoto para os jogos, mas quando cresceu um pouco mais passou a ir sozinho, de ônibus, para acompanhar as partidas no antigo Estádio Ernestão, até a fase atual na Arena joinville. Viu jogos de Série A do Campeonato Brasileiro contra times grandes do país, acompanhou a fase de poucas glórias na década de 1990 e assistiu a ascensão até a elite do Brasileirão nos anos 2000, assim como os consecutivos rebaixamentos mais recentes.

– É um sentimento inexplicável que sinto pelo JEC, envolve amor e paixão. Hoje, a gente vai no estádio e fica triste porque parece que vai na casa de um familiar que está doente. Você tem a alegria de ir visitar porque se sente feliz em vê-lo, mas ele está doente e aquilo te trás uma tristeza – exemplifica.

Joinville foi quem proporcionou as maiores alegrias a Cassiano
Joinville foi quem proporcionou as maiores alegrias a Cassiano (Foto: Hassan Farias)

Mesmo diante das dificuldades, o JEC faz parte da vida de Cassiano. O clube foi quem proporcionou as maiores alegrias. Ele sonhava em ver um título na casa do clube do coração e pôde acompanhar a conquista do Estadual de 2000 sobre o Marcílio Dias. Depois o sonho era ver o time levantar a taça fora de casa, o que aconteceu no ano seguinte com o título do Catarinense contra o Criciúma. Conhecer o Maracanã também sempre foi um desejo realizado na estreia do JEC na Série A de 2015 contra o Fluminense.

– É um orgulho que não tem dimensão. Minha filha e minha esposa veem os jogos juntos comigo e para onde vou viajar levo a bandeira do JEC – conta.

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Nos últimos anos, a presença no estádio tem sido mais difícil nos jogos do meio da semana por causa do comércio de Cassiano: uma lanchonete que se tornou ponto de encontro de torcedores tricolores. Já foram mais de 400 pessoas reunidas para ver um jogo do clube. O comerciante é apaixonado pelo Joinville e mesmo na má fase vivida nos últimos anos continua torcendo para que o clube volte aos tempos de glória.

Segundo ele, criou-se uma expectativa para o Catarinense deste ano com o retorno de jogadores como Lima, Ivan e Wellington Saci:

– O JEC entra engrandecido porque a camisa pesa muito, mas o problema é estrutural e financeiro. Temos que esperar o campeonato começar para ver se o time vai empolgar.

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