Já imaginou um mundo em que são os homens têm o corpo objetificado a todo instante e as mulheres andam por aí sem serem assediadas? Uma realidade em que todos os valores atribuídos aos homens são tirados deles e atribuídos apenas às mulheres? Elas saem para trabalhar e não são julgadas, enquanto seus maridos cuidam dos afazerem domésticos e das crianças.
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A comédia Eu Não Sou um Homem Fácil, da Netflix, traz esse mundo à tona. Um mundo em que o matriarcado é uma realidade – e então, quando um homem vindo do mundo patriarcal se depara com isto, precisa se adequar. Demian é um homem que, de uma hora para outra, deixa de ser o “garanhão” e se vê neste novo mundo.
Veja 5 cenas do filme que usam o humor para provocar debates sobre o machismo:

1 | A hora da depilação
Damien ao chegar neste mundo matriarcal precisa encarar a rejeição de uma mulher quando ela percebe que ele não se depila. Ela demonstra nojo e se recusa ao ficar com ele. Nesta realidade do filme, depilação se tornou algo destinado (e quase obrigatório) ao gênero masculino.
2 | Preconceito pelas crenças e formas de se vestir
Uma cena chocante é quando em um bar, dois homens são humilhados e vivem uma situação de preconceito por usarem lenços. A dona do pub se nega a atendê-los com gritos e afirma que no seu bar homens com lenços não são atendidos.

3 | Feministas ou masculinistas
O filme traz um novo ponto de vista sobre o movimento feminista. Nele os homens vão para as ruas com seios falsos, lutando por mais direitos, são humilhados, assediados e o movimento tem pouca credibilidade para as mulheres. Eles são chamados de “masculinistas”.
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4 | Estereótipos
A comédia francesa traz discussões como os estereótipos de gênero de que o sexo frágil toma espumante, enquanto o mais forte prefere bebidas como cerveja. O pneu de carro é trocado pela mulher, quem cuida da casa é o homem, toma conta das crianças e dos afazeres domésticos. Os cargos de trabalho e liderança são todos ocupados por mulheres, elas correm pelas ruas sem camisa.

5 | Corpo sexualizado
O corpo masculino passou a ser tratado de maneira sexualizada, com objetificação, assim como o corpo feminino passou a ser coberto por calças.
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