A situação ficou complicada. A derrota dos três catarinenses nos jogos de ida da segunda fase do Módulo Amarelo da Copa João Havelange deixou um gosto amargo entre os torcedores locais. Nada está perdido, é verdade, mas reverter o quadro nas partidas de meio de semana parece ser uma missão quase impossível. No jogo da Ressacada, o Avaí foi um festival de incompetência. Deixou brechas no meio-campo, não se preocupou em marcar o catarinense Daniel Frasson e assitiu o Fortaleza jogar. O resultado foi merecido e poderia ter sido pior. Agora, além de tentar juntar os cacos, o Avaí precisa começar a pensar à frente e planejar uma renovação para 2001. Os garotos estão aí. É só trabalhar para colher frutos num futuro próximo. Gols fatais O placar final não foi trágico, mas ter tomando dois gols em casa pode ser fatal para o Criciúma. O Náutico é um clube de tradição e jogar em Recife nunca foi fácil. Luiz Gonzaga Milioli terá que reunir seus garotos e mostrar que agora não existe mais pressão. O favorito é o time pernambucano e uma ?zebra? lá não é nada absurdo. A esperança é a última que morre e o Criciúma já virou situações piores. Um problemão Um empate ou até uma derrota normal seria aceitável. O que ninguém imaginava era uma goleada em apenas 45 minutos de jogo. Embora não esteja nada definido, o Figueirense criou um problemão para o segundo jogo diante do Remo. Há solução? Claro, a dificuldade do time está no meio-campo e isso parece visível a qualquer torcedor. Coragem para alterá-lo é o que vai precisar o técnico Luiz Carlos Cruz. Um bom início Da Segunda Divisão para a liderança do torneio seletivo do Campeonato Catarinense de 2001. O Joaçaba foi o grande vitorioso da primeira rodada da competição que começou neste final de semana. A vitória de 3 a 1, em casa, sobre o Lages, já coloca o time do Vale do Rio do Peixe na ponta da tabela. Outro destaque foi o Brusque, que não tomou conhecimento do Alto Vale e venceu por 1 a 0, em Rio do Sul. Joaçaba e Brusque, portanto, largam na frente rumo ao Estadual do próximo ano. Já Kindermann e Fraiburgo, que empataram em seus estádios contra a Chapecoense e o Tubarão, respectivamente, perderam pontos importantes. Propaganda enganosa “O Remo não tem nenhuma chance. Salários atrasados dificultam a ação do Leão.” “Dirigente abandona clube e a situação fica mais difícil.” “Ninguém acreditava na classificação do Remo.” Foram as manchetes e notícias passadas a respeito do Remo. Engodo total. Pode haver algum problema financeiro, mas em campo o que se viu foi outra coisa. Fizeram do Figueirense o grande favorito e deram o bote na hora certa. A estratégia Respeitar sim, substimar nunca. A história do futebol nos lembra a todo momento que jogo se ganha em campo e em momentos circunstanciais o empate significa vitória. O Figueirense não sabia disso. Preferiu tentar ganhar no segundo tempo, a trabalhar um empate que lhe era favorável. A todo custo tentou provar superioridade. Quando a casa caiu, a marcação foi reforçada no meio-campo. Tarde demais. Sem pegada, sem criatividade no ?pulmão? de uma equipe, nenhum ataque sobrevive. Também não vamos crucificar ninguém. A hora é de recomposição do time, não é assim Cruz? Negativo O futebol apresentado pelo Figueirense em Belém. Sem marcação, apático, cansado já no início do segundo tempo, e como sempre, com falhas individuais. O resultado não poderia ser outro. Positivo Ele poderia estar jogando em qualquer dos times de Santa Catarina. Daniel Frasson mostrou ontem, na Ressacada, que continua tendo na saída de bola a sua maior virtude.

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