Os preparativos para o 9º Festival de Música de Santa Catarina (Femusc), que inicia domingo em Jaraguá do Sul, já começaram. Pelos corredores da Sociedade Cultura Artística (Scar), palco do festival, já é possível ver a movimentação de funcionários para deixar tudo pronto para o maior festival-escola de música erudita da América Latina, que vai até 1º de fevereiro, reunindo grandes nomes nacionais e internacionais.
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Nesta edição, a evento bateu o recorde de participantes: 800 alunos, professores e regentes se preparam para uma verdadeira maratona musical nos mais de 200 concertos que integram o evento. Para isso, o Centro Cultural investiu pesado em infraestrutura, com a aquisição de novos instrumentos e tecnologias, adquiridos através de doação do industrial Wander Weege. Foram adquiridos 20 pianos, 20 contrabaixos, glockenspiel (instrumento de percussão), tímpanos, projetor, iluminação de led, estantes para as orquestras e outros objetos.
O diretor artístico do festival, Alex Klein, afirma que os novos instrumentos ajudarão a realizar os tradicionais concertos sociais em locais públicos e entidades e também as aulas, que acontecerão na Scar e na Católica de Santa Catarina. Uma das novidades é a transmissão simultânea dos concertos em dois telões, no pequeno teatro e na sala 201, para atender ao público que não estiver no grande teatro.
– Com essas aquisições, o Femusc atinge o maior nível de excelência de todas as edições – comenta a gerente executiva da Scar, Edilma Lemanhê.
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No palco do grande teatro, a equipe técnica trabalha o dia todo para garantir a qualidade da iluminação, do som e da projeção. Em outra sala, o luthier Cristiano Mannes começou na sexta-feira a montagem e afinação de 20 contrabaixos recém-chegados. Mas o trabalho começou há cerca de dois meses, com a avaliação dos violinos. Durante a atividade, ele também avalia se algum instrumento veio com defeito de fábrica.
– Durante o festival minha oficina funciona aqui para atender os músicos – comenta o luthier, que trabalha no Femusc desde a primeira edição.
Os alunos começam a chegar na cidade na sexta-feira e os professores no sábado. Os professores ficarão hospedados em hotéis da cidade e os estudantes em alojamentos que serão montados nas escolas Atayde Machado (Czerniewicz), Alberto Bauer (Czerniewicz), Albano Kanzler (Nova Brasília), Abdon Batista (Centro) e Valdete Piazera (Centro).
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Músicos vêm de todos os continentes
Realizado desde 2006, o Festival de Música de Santa Catarina conta com a presença de alunos representando países de todos os continentes. Nesta edição, o evento terá pela primeira vez a presença de participantes da África do Sul, Austrália, Malásia, Polônia, Israel, Nova Zelândia e Bahamas.
Entre as principais atrações está Jean-Yves Thibaudet, pianista francês considerado um dos maiores fenômenos artísticos da atualidade; Richard Roberts, spalla da Orquestra Sinfônica de Montreal; Ole Bohn, violinista norueguês, spalla da Ópera Nacional da Noruega e professor no Conservatório de Sydney (Austrália); Catalin Rotaru, contrabaixista romeno que atua na Universidade do Arizona (EUA); Richard Beene, professor de fagote e diretor da Colburn School of Music (Los Angeles – EUA) e Bart Claessens, solista holandês de trombone da Orquestra do Real Concertgebouw em Amsterdã (Holanda).
As apresentações são gratuitas e realizadas em diversos locais, sendo o palco principal o Centro Cultural da Scar. Os ingressos devem ser retirados com dois dias de antecedência a da data de realização do concerto.
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O evento é uma iniciativa do Instituto Femusc que integra diversas entidades de Jaraguá do Sul e do poder público municipal e estadual, com patrocínio de empresas via lei de incentivo à cultura.
Concerto de abertura
O concerto de abertura do Femusc, no domingo, às 20h30, promete emocionar a plateia. A noite de gala reúne no palco do grande teatro da Scar as professoras de harpa Rita Costanzi e de piano Fany Solter, apresentando-se inicialmente como solistas e depois acompanhadas de alunos.
No programa estão obras como “A Marcha Militar”, de Franz Schubert, e “Scaramouche”, da suíte brasileira de Darius Milhaud, “Barcarolle op. 60”, de Frederic Chopin, além de peças de Astor Piazzolla e Juan José Ramos.
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