Os preparativos começaram. Quatro grandes categorias de Joinville, que reúnem 86,6 mil trabalhadores, estão se preparando para as negociações salariais, que estão começando mais cedo neste ano. Em 2011, elas começaram no final de março. Os pedidos iniciais são parecidos. Continua depois da publicidade
A valorização da mão de obra, cujo salário de admissão chegou a aumentar até 20% em 2011, e o bom momento das empresas serão alguns dos argumentos das diretorias sindicais ao tentar elevar os valores dos pisos dos trabalhadores em debate com os sindicatos das indústrias.
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Os encontros entre os profissionais das categorias serão neste mês, e algumas entidades já têm propostas. Os trabalhadores nas indústrias de plástico e mecânica farão assembleias amanhã.
O início da data-base para as categorias é abril, e as diretorias esperam uma negociação positiva.
– O mercado está aquecido. A mão de obra qualificada está em falta nas outras regiões, mas Joinville tem bons profissionais. Precisamos valorizar o que temos aqui -, afirma João Bruggmann, presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região.
A categoria vai sugerir em assembleia o aumento do piso salarial para no mínimo R$ 950. São 18,75% a mais que o piso atual de R$ 800. Continua depois da publicidade
Segundo o presidente do Sindicato de Metalúrgicos, Genivaldo Ferreira, a maioria das empresas da região sabe que se não valorizar o serviço acaba perdendo o funcionário para os concorrentes.
– Elas costumam pagar acima do piso. A média é R$ 1.100. Mas o valor vai crescendo conforme a experiência do trabalhador -, explica.
O Sindicato dos Plásticos pretende apresentar proposta ainda maior aos trabalhadores do setor.
– O piso atual está inaceitável. Se levarmos em conta tudo o que o trabalhador precisa pagar para sobreviver, o valor é baixíssimo -, defende o presidente da entidade, Reinaldo Schroeder. Continua depois da publicidade
Os trabalhadores do ramo recebem hoje R$ 759. A sugestão de reajuste mínimo da diretoria chega a 58,1%, elevando os salários para R$ 1.200. O cenário favorável para o setor plástico é apontado como um ponto a favor à categoria.
Para os comerciários, a intenção é pedir reajuste da inflação e aumento real de 5%, chegando na proposta de R$ 1.100.