O maquinário necessário para fazer a obra de dragagem em Rio do Sul começou a operar neste sábado (11). O trabalho, que deve minimizar o impacto das cheias na região do Alto Vale, concentra-se em três rios, a começar pelo Itajaí-Açu. Por ser um contrato emergencial, a duração do serviço não passará de novembro deste ano, explicou o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Fabiano de Souza.
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A draga foi ligada no começo da tarde, depois de uma série de atos oficiais para a assinatura da ordem de serviço pelo governador Jorginho Mello. A movimentação pela obra ocorreu depois das enchentes do fim do ano passado, que castigaram Rio do Sul e municípios vizinhos.
Um consórcio de duas empresas venceu a disputa para executar a dragagem ao custo de R$ 16,2 milhões — praticamente metade do preço solicitado na primeira tentativa de contratação. A máquina deve retirar pedras, areia e outros materiais acumulados no fundo dos rios, fazendo o chamado desassoreamento, uma tentativa de “abrir espaço” para a água.
O governador informou que para não gerar tanto passivo ambiental, os prefeitos das cidades da região se comprometeram a reaproveitar ao menos em parte o que for retirado da água. O restante deve ser encaminhado para duas áreas de descarte.
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Primeiro, a limpeza ocorrerá em 4,5 quilômetros do Itajaí-Açu, explicou o coronel. Depois, seguirá por 3 quilômetros no Itajaí do Oeste (que vem de Taió) e 700 metros no Itajaí do Sul (vindo de Ituporanga), em um caminho “debaixo para cima”. Mesmo com chuva, o trabalho pode ser feito, disse ainda o secretário (exceto se a precipitação foi muito forte, acima do normal).
Essa é a primeira ação do Programa Proteção Levada a Sério. Por causa do avançar dos processos de contratação, o segundo passo deve ser a execução das minibarragens de Mirim Doce e Petrolândia. O governo do Estado não descarta a possibilidade de antes disso também conseguir assinar ordem de serviço para dragagem de 3 quilômetros do Rio Itajaí do Oeste, já na altura de Taió.
— Quando todo o conjunto de obras for feito, vai ter um impacto muito grande na bacia — declarou o secretário em entrevista à NSC TV neste sábado.
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A dragagem consiste na retirada de material do fundo dos rios, desde rochas até troncos de árvores e lixo acumulados durante inundações. Essa obra aumenta a capacidade de escoamento dos rios, o que reduz o risco de transbordamentos e inundações. Assim, caso uma enchente ocorra, a água tende a escoar mais rápido em direção ao mar. Isso diminui o tempo de duração do alagamento.
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