Principal prova do ciclismo brasileiro de longa duração, a 17ª Volta Ciclística Internacional de Santa Catarina começa neste sábado, dia 30, em Laguna, pela primeira vez contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI). Cerca de 150 ciclistas de 16 equipes, inclusive do exterior, vão percorrer 760 quilômetros até o dia 7 de setembro.
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Neste sábado, em Laguna, litoral sul catarinense, os competidores participam do prólogo, a partir das 16h, num circuito de 5km que não conta tempo para a disputa, mas define quem larga com a camisa amarela de líder na etapa inicial, no domingo pela manhã, às 10h.
A maratona de oito dias nas estradas começa com o trecho de 129 quilômetros entre Laguna e Bom Jardim da Serra, quando os competidores sobem a sinuosa Serra do Rio do Rastro. Três ciclistas que já venceram a prova, justamente os mais experientes do País, aparecem com chances de novos triunfos.
O grande nome é o catarinense Márcio May, da equipe Memorial-Santos, que luta pelo tetracampeonato. Campeão em 1997 e 98 e 2002, ele atravessa grande fase. O atual número 1 do ranking brasileiro individual participou este ano de quatro voltas ciclísticas, vencendo duas, a de Goiás e do Litoral Paranaense. Nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, não levou medalha na prova de resistência, por muito pouco, sendo superado nos metros finais.
A Memorial-Santos conta com outros três integrantes da seleção brasileira que esteve no Pan, entre eles Hernandes Quadri Júnior, 17 vezes campeão nacional e bicampeão da Volta em 92 e 95. Outro favorito na disputa e também da Memorial é Antonio Nascimento, o Tonho, vice no ano passado.
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Entre os grandes adversários está o argentino Gonçalo Salas, da equipe Isenbeck Premium, o campeão da dura Volta do Chile, em 2002. A lista dos favoritos conta também com o outro vencedor da Volta de Santa Catarina, em 94, José Aparecido dos Santos, o Zezinho, da equipe Caloi Extra Suzano. Do mesmo time, Renato Rohsler é outro cotado, por ter um desempenho muito bom nas montanhas. Este ano, ele venceu a Copa América.
Ainda merecem atenção os irmãos Fabrício e Maurício Morandi, da equipe de Blumenau Vince/Jamur; Soelito Ghor, da Pedal Bike Shop/ São José dos Campos; José Cláudio dos Santos, o Facex, de Guarulhos; e Alex Mayer e Daizon Mendes, da equipe Dataro Computadores.
– O título da Volta é o objetivo de qualquer ciclista do Brasil e agora também é um prêmio valorizado no exterior, com a competição fazendo parte do calendário da UCI – disse João Carlos de Andrade, presidente da Federação Catarinense de Ciclismo (FCC), organizadora do evento.