Começa nesta terça-feira, dia 28, o prazo para realização da única etapa sul-americana do WCT. A Praia da Vila, em Imbituba, já está com a estrutura montada à espera dos 48 surfistas que participam da competição, entre eles 20 brasileiros. O período para rolar todas as baterias do campeonato ocorre até o dia 5 de novembro.

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O blog Na Marola acompanha a etapa direto da Praia da Vila.

Se tudo der certo, e logo nesta terça a praia oferecer boas condições de surfe, a primeira fase já começa a rolar, com 16 baterias na água. Apenas uma delas – a última – não terá a presença de pelo menos um brasileiro na disputa.

A prioridade da organização é oferecer as melhores condições possíveis de surfe, já que a etapa pertence à elite do surfe mundial e integra o chamado “Tour dos Sonhos”, com um itinerário que percorre algumas das praias com as melhores ondas do planeta.

Os integrantes do Top 10 do ranking mundial que confirmaram participação na etapa são os australianos Taj Burrow (2º), Bede Durbidge (4º), Adrian Buchan (7º) e Luke Stedman (10º), além do norte-americano C.J. Hobgood (6º).

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Ao todo, a etapa soma 13 desfalques, a maioria por contusão. As baixas do time de brasileiros são Adriano de Souza, o Mineirinho, número 5 do ranking mundial, e o catarinense Neco Padaratz, 39º da temporada.

Evento móvel

As melhores condições de surfe na Praia da Vila ocorrem com ondulação de sul e vento nordeste, predominando as direitas que vão abrindo em direção ao canal. Porém, as ondas também quebram com ondulação de leste, quando proporcionam tubos para a esquerda.

Dependendo das condições nas praias vizinhas, algumas disputas poderão ocorrer em picos alternativos, como a praia do Rosa, em Imbituba, e da Ferrugem, em Garopaba. Esta é uma característica da etapa que desde 2003 é realizada em Santa Catarina com este formato.

Festa é o que não falta

O público que comparecer à Praia da Vila durante o dia poderá usufruir da Cidade do Surfe, uma área montada próxima ao palanque principal e que terá praça de alimentação, lounge, palcos para shows, espaços temáticos e muita música.

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Outra atração do evento será o WCT Music Festival, que traz ao Brasil o cantor norte-americano Zach Ashton. O show será no sábado, dia 1º de novembro. O ingresso será a doação de um quilo de alimento não-perecível.

Temporada com título antecipado

Esta é a décima etapa da temporada, que começou na Gold Coast australiana, em fevereiro, cujo título ficou com Kelly Slater. De lá, mais uma vez Austrália, desta vez Bells Beach, e novamente Slater com o caneco de campeão.

Na terceira, porém, foi a vez de um brasileiro arrematar o título, nas famosas – e perigosas – ondas de Teahupoo, no Taiti. Bruno Santos passou o torneio classificatório e surfou o melhor tubo da bateria decisiva da competição para ser premiado.

A quarta etapa, em Fiji, novamente teve Slater como campeão. E isso se repetiu na África do Sul, nas ondas de Jeffrey’s Bay. A etapa balinesa do WCT coroou o havaiano Bruce Irons, em agosto. Depois, foi a vez de Trestles, na California, quando Slater comemorou seu quinto título na temporada.

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De lá, os melhores do mundo partiram para a França. Lá, Slater poderia comemorar o eneacampeonato, mas deixou escapar o título da etapa para o aussie Adrian Buchan, que prorrogou a nona conquista da elite pelo norte-americano.

Slater não tardou. Ele só precisava da nona colocação em Mundaka para conquistar o seu nono título na nona etapa do Tour em 2008. E conseguiu. Com o título conquistado, ele desistiu de competir na etapa de Imbituba. A etapa espanhola do WCT foi vencida pelo norte-americano C.J. Hobgood.

Mesmo com a desistência de Slater e outros desfalques de peso, a única etapa sul-americana do WCT, porém, pode mudar o rumo de muitos competidores que lutam para continuar na elite em 2009 e alcançar mais pontos nesta reta final.

Outros, como Taj Burrow, querem alimentar o vício de competir e buscar um título. O australiano, que é número 2 do ranking mundial, está confiante na vitória e já adiantou que vai entrar na água dando o seu máximo do começo ao fim da bateria. É show de surfe garantido.

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O campeão fatura U$ 30 mil dos U$ 320 mil dólares que serão divididos entre todos os 48 competidores. Só pela participação, cada atleta recebe um mínimo de U$ 4.700 dólares.