Foi aberto nesta terça-feira um processo penal contra Juan Carlos Monzón, suspeito de operar uma estrutura de fraude fiscal, que levou à renúncia do então presidente Otto Pérez em setembro passado.

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“Depois de fazer a análise correspondente, esse órgão jurisdicional considera processar o acusado Juan Carlos Monzón Rojas”, anunciou o juiz Miguel Angel Gálvez.

Monzón se entregou ontem à Justiça, após permanecer seis meses foragido. Em sua primeira declaração no tribunal, ele disse ser “o elo de que o Ministério Público precisa para encerrar esta investigação”.

O ex-funcionário validou a acusação feita na semana passada por um detento neste mesmo processo. Estuardo Salvador González, conhecido como “Eco”, acusou Pérez e a ex-vice-presidente Roxana Baldetti de dirigirem o esquema e de receberem subornos na fraude revelada em 16 de abril.

Gálvez explicou que Monzón será processado pelos delitos de formação de quadrilha, casos especiais de fraude fiscal e corrupção passiva.

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O juiz também determinou três meses de prisão preventiva contra Monzón, enquanto o Ministério Público aprofunda as investigações e apresenta as provas em outro fórum. Este último ficará encarregado de decidir se o acusado enfrenta um julgamento oral e público.

O ex-presidente Otto Pérez renunciou ao mandato em 2 de setembro, após a denúncia de que liderava a rede “A Linha”, ao lado de Baldetti. A então vice deixou o governo pelo mesmo escândalo em maio.

Pérez e Baldetti se encontram em prisão preventiva sob investigação do Ministério Público. Por motivos de saúde, a ex-vice-presidente está internada desde 11 de setembro no hospital do Exército.

* AFP