A dona de casa Barbara Heinsen, 58 anos, foi a primeira moradora a receber a visita das agentes comunitárias da Unidade Básica de Saúde da Família da Ilha, no bairro Espinheiros, em Joinville.
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Barbara precisa passar pela avaliação de pelo menos quatro especialistas. O problema mais grave é sua coluna, que agora traz complicações para as pernas também.
Em 2012, ela fez 20 sessões de fisioterapia e, desde então, aguarda retorno com o ortopedista. Como já se passaram dois anos e as dores só pioraram, ela foi obrigada a abandonar as atividades físicas que fazia diariamente.
A equipe do jornal A Notícia acompanhou parte do trabalho das agentes comunitárias Liziane Meyberg e Maria Elizeti Souza dos Santos nesta segunda-feira. Na primeira visita, as profissionais confirmaram a permanência de Barbara na fila da dermatologia e para a consulta de retorno para refazer a cirurgia de redução de mamas.
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– Ela disse que também está aguardando consulta com o oftalmologista, mas como essa especialidade não consta na ficha dela, nós vamos fazer uma observação. Depois de verificar esta situação no posto de saúde, será realizada uma nova visita – explica a agente comunitária Liziane.
Assim como Barbara, todas as pessoas que estão na lista de espera por consultas de especialistas receberão a visita destes profissionais. Cerca de 530 agentes comunitários irão atuar para atualizar as fichas desses pacientes no período de dois meses.
– O problema é que nem sempre a gente encontra as pessoas em casa. Muitos trabalham durante o dia enquanto os filhos estão na escola. Nesses casos, nós temos que fazer a visita no final da tarde – diz a agente comunitária Maria Elizeti.
Só o paciente pode atualizar os dados
Depois da primeira visita, Liziane e Maria Elizeti bateram na porta de duas casas. Em uma delas, o paciente não estava e na outra o morador pediu para voltar à tarde.
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Apenas o próprio paciente pode dizer se ainda precisa da consulta ou se o problema já foi resolvido e não há mais necessidade de continuar na lista de espera. Ao final de casa visita, o agente comunitário e o paciente assinam a ficha confirmando a atualização dos dados.
Ontem, a ação começou nas regionais do Comasa, Pirabeiraba, Centro e Floresta. Nas demais regionais, os trabalhos serão iniciados até o final desta semana.
– No primeiro momento, a ação irá contemplar apenas as microáreas, ou seja, onde há agentes comunitários. Depois, alguns profissionais serão remanejados para dar apoio em outras unidades de saúde – explica a coordenadora do setor de cadastramento da Secretaria Municipal de Saúde, Márcia da Rosa.
Por último, serão montadas equipes para atender as unidades que não possuem agentes comunitárias como as dos bairros Floresta, Bucarein, Aventureiro 1, Saguaçu, Jardim Iririú e Comasa.
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Como funcionam as visitas
– Primeiro, o agente comunitário se identifica e esclarece o motivo da visita.
– Atualiza dados como nome, data de nascimento, endereço, RG, Cartão SUS.
– Informa ao usuário quais atendimentos ele está aguardando na fila.
– Verifica com o paciente se ainda necessidade dele continuar na lista de espera.
– Usuário confere e assina a ficha de visita.
– Quando o paciente não está em casa, as agentes fazem uma observação para retornar outro dia.
– Quando há um procedimento que precisa ser acrescentado na ficha, os agentes fazem uma observação.
– Todas as fichas são entregues pelos agentes na Regional de Saúde.
– Um digitador em cada Regional fará atualização da ficha do sistema.