Começa a procura de chocolates para Páscoa em Jaraguá do Sul

Faltando menos de um mês para a Páscoa, mercados e lojas de Jaraguá do Sul já estão coloridos com as embalagens de ovos, caixas e bombons de chocolate. A procura ainda não chega a movimentar os corredores, mas lojistas garantem que os clientes já estão conferindo preços, observando as novidades e até levando os primeiros presentes para casa. A expectativa, porém, é seguir a tendência anual e registrar a maior procura na semana que antecede a data.

Para este ano, que tem promessas de retração, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Jaraguá do Sul (CDL) segue otimista. O presidente da entidade, Eduardo Schiewe, afirma que, levando em conta as características próprias da cidade, a expectativa é de aumento de 5% nas vendas em relação à Páscoa do ano passado. Quanto aos preços, o Procon da cidade irá divulgar uma pesquisa de valores na próxima semana.

– Nesse fim de semana, que houve pagamentos na cidade, já tivemos vendas. Porém, a maioria ainda deixa para os últimos dias – conta a gerente do Supermercado Brasão do bairro Barra do Rio Cerro, Claudia de Oliveira.

Quem gosta de antecipar as compras irá encontrar diversidade nas estantes. Brinquedos e ovos com marcas de personagens seguem como uma grande aposta do comércio, visando o público infantil, um dos mais presenteados na época de Páscoa. Outras lojas apostam no apelo artesanal. Na Casa do Chocolate, que vende apenas produtos de fabricação própria, a expectativa de vendas reside no diferencial do produto: além do sabor, embalagens distinguem os ovos e chocolates dos itens de grandes fábricas.

Para eles, a Páscoa é o grande momento de vendas. A proprietária Giovana Luiza de Oliveira Hornburg conta que a média mensal de fabricação é de 800 quilos, número que se eleva para 2 mil quilos nos meses que antecedem a Páscoa. Até a data, a expectativa é vender de 6 a 7 mil quilos do doce, tendo um aumento de 8 a 10% nas vendas em relação ao ano passado.

Uma doce lembrança

Se a partir de agora chocolates viram foco apenas de presentes de Páscoa, ao menos um morador de Jaraguá do Sul tem outro objetivo para os doces. Arno Olavo Duarte, 65, é um doador. Quando passa pela Casa do Chocolate, no Centro da cidade, leva para casa um estoque de trufas, já embaladas em pacotinhos de cinco unidades.

Os quitutes não são para ele, que confessa não ser muito fã do cacau. Todas as trufas são doadas e servem de presente para amigos, comerciantes e atendentes dos locais por onde passa. Seja na concessionária do carro ou para quem bate em sua porta, no bairro Três Rios, sempre haverá um pacotinho de trufas à espera.

– Acho que todo dia é dia para doar – justifica ele, contando que o costume é antigo e, para ele, é natural.

Foco no mercado infantil

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Jaraguá do Sul (CDL), Eduardo Schiewe, lembra que são os pequenos que ainda fazem girar boa parte da economia de chocolates nessa época. Quanto aos adultos, foi constatado que há diversidade nas lembranças. Desde o ano passado, o CDL faz pesquisas junto ao comércio e, em 2014, foi observado que todos os setores se beneficiam com vendas de Páscoa – e não apenas aqueles que vendem chocolates.

– Há essa migração para outros tipos de presentes, como um chocolate, um perfume, uma sandália. Apesar de o foco principal ainda ser o chocolate, muito em função das crianças, a data movimenta o comércio de forma geral – explica.

Os próprios clientes confirmam as tendências apontadas por Schiewe. Repositora do Supermercado Brasão, Francine Vieira conta que neste ano fará compras de ovos. O motivo: o filho de 1 ano e dois meses. Para o pequeno, ela até já escolheu a marca associada a personagem que o menino aprecia.

Já Ana Cristina Kreutzfeld optou por algo diferente para seus pais. A jovem encomendou uma caneca personalizada, que tem impressa na parte externa uma foto sua atual e outra de sua infância. A ideia surgiu da amiga Jaqueline Paula Lima. Os chocolates, neste ano, estão em segundo plano.

– Sempre dou algo nessa época e nesse ano resolvi mudar. Mas algum chocolate ainda vai para meus afilhados e sobrinhos – confessou.