Os servidores públicos de Joinville lotam a frente da prefeitura na manhã desta segunda-feira. Eles participam de assembleia pública para decidir se entram ou não em greve. A categoria paralisou as atividades nesta segunda-feira para se reunir a partir das 9 horas. O ato começou por volta das 9h30.

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Participam do encontro principalmente servidores da educação e da saúde. A professora Giselle Soppa conta que a categoria pede além de aumento de salário e no vale-alimentação, os 33% da hora atividade, usada para o planejamento das aulas, garantida por lei federal.

Segundo Giselle, atualmente os professores da rede municipal recebem apenas 20% da hora atividade. A defasagem dos 13%, de acordo com a profissional, obriga os professores a utilizarem parte do horário de almoço para esse trabalho.

Na última assembleia, realizada na terça-feira da semana passada, os servidores não conseguiram estabelecer um acordo e rejeitaram a proposta da Prefeitura. Por isso, o dia de hoje promete ter conversas e negociações tensas nos bastidores.

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Desde o dia 24 de abril, a categoria está em estado de greve. Do ponto de vista prático, é uma posição para pressionar o prefeito Udo Döhler a aceitar as reivindicações. Entre os principais pontos em discussão estão a reposição salarial pela inflação, 8% de ganho real, universalização do vale-alimentação e aumento do valor desse benefício dos atuais R$ 195,30 para R$ 473.

A Prefeitura oferece a reposição da inflação em cota única – em anos anteriores, o reajuste dos salários foi feito de forma parcelada – e aumento do vale-alimentação em 20%, passando dos atuais R$ 195,30 para R$ 234,36 para quem ganha até R$ 2.880 – hoje, a base para receber o benefício é R$ 2,4 mil.

A decisão sobre uma possível greve dos servidores de Joinville será colocada em votação até o final da tarde. Se chover, a assembleia deverá ser transferida até que um novo local seja definido. A mobilização foi discutida na semana passada em assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsej). O presidente do sindicato, Ulrich Beathalter, aguarda o encaminhamento de uma nova proposta ainda na manhã desta segunda.

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Atendimento normal

Mesmo com a paralisação, nenhuma escola, posto de saúde ou repartição da Prefeitura deve suspender o atendimento hoje. Embora os funcionários tenham o direito de participar da manifestação, a Prefeitura assegurou que equipes estarão a postos para dar o suporte necessário à população. Durante a manhã, no entanto, leitores informaram que algumas escolas não receberam os alunos.