Policiais militares em serviço sofreram um atentado em Florianópolis, na madrugada desta segunda-feira. Três homens teriam atirado contra a viatura da PM após serem abordados. Ninguém se feriu.
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Por volta das 5h, a guarnição do 22o Batalhão de Polícia Militar com dois policiais teria abordado um carro suspeito no Bairro Abraão, parte continental de Florianópolis. O veículo tentou fugir em direção ao Morro da Caixa. Quando a guarnição se aproximou, os suspeitos teriam disparado de oito a dez tiros em direção a viatura.
Os tiros teriam atingido os vidros de algumas casas, assustando moradores. Os policiais decidiram não revidar em função das casas próximas. Os bandidos fugiram.
Militares reconhecem autores dos disparos
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De acordo com a PM, pelo número de disparos, há suspeita de que a arma era uma pistola. Os três são conhecidos da polícia, mas seus nomes serão mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações.
A PM ainda não sabe o que motivou o ataque: se foi por causa da abordagem ou se há relação com o protesto no Morro da Caixa, ocorrido na véspera, contra a ação de policiais civis no local, onde procuravam a arma usada para matar um agente em Palhoça, na semana passada.
O comandante do 22o BPM, tenente-coronel Mauro da Silveira, destacou que tem acontecido casos de patrulhas recebidas a tiros por traficantes em locais perigosos, e lembrou do assassinato de um PM, em 2011, naquela região. Ele estava de folga e foi morto por um traficante que sabia que ele era policial.
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– Este artifício é usado para impedir o trabalho da patrulha na comunidade onde eles (traficantes) dominam o tráfico. Fazem para garantir seu território. Provavelmente foi o que aconteceu. É um atentado ao Estado porque são funcionários públicos fazendo seu trabalho – observou Silveira.
Proposta de endurecer lei
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, declarou que a corporação está atenta, ainda que considere o fato um episódio isolado, e defendeu a necessidade de se colocar um freio na ousadia dos criminosos.
– Como presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, estou promovendo ampla divulgação para um movimento nacional reivindicando uma punição mais severa aos crimes praticados contra agentes da lei – enfatizou o comandate-geral.
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Professor considera correta a reação
Marcineiro disponibilizou o link do abaixo-assinado pelo qual pretende reunir 1,4 milhão de assinaturas para transformar em hediondos os crimes contra os agentes.
O professor de Direito Penal Alceu de Oliveira Junior, da Univali, não tem dúvidas de que o ataque foi uma tentativa de homicídio e avalia que a ação policial foi correta.
– A postura da Polícia Militar evitou uma série de consequências. Eles fizeram a rota e a abordagem corretas. Hoje (ontem) não estamos noticiando um assalto com vítima porque ocorreu a postura correta da PM – concluiu o professor.
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