O Comando Geral da Polícia Militar do Paraná divulgou na tarde desta quarta-feira uma carta enviada ao governador Beto Richa (PSDB) na qual repudia as declarações do secretário de Segurança, Fernando Francischini (Solidariedade), à imprensa em entrevista coletiva na última segunda-feira.
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Entre outras declarações, Francischini disse que “apenas cuidava da gestão da pasta e que a responsabilidade das operações de campo era da Polícia Militar”, o que irritou a PM.
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Publicada no site da Associação dos Militares (Amai), a nota ainda divulgou um e-mail para que os associados que concordem com a posição do comandante-geral, Cesar Kogut, enviem mensagens ao governador e demonstrem a indignação da categoria. A saída de Kogut havia sido confirmada por fontes da corporação.
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Um trecho da carta afirma que o secretário “foi alertado inúmeras vezes sobre os possíveis desdobramentos durante a ação e que mesmo sendo utilizadas as técnicas internacionalmente reconhecidas como as indicadas para a situação, pessoas poderiam sofrer ferimentos, como realmente ocorreu, tendo sido vítimas manifestantes e policiais militares empregados na operação”.
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Além disso, o comando da PM do Paraná fez questão de ressaltar que houve abertura de Inquérito Policial Militar para “apurar os possíveis excessos” cometidos por policiais.
A manifestação, na quarta-feira passada, terminou com 213 manifestantes e 21 policiais feridos. A polícia prendeu 14 manifestantes, mas a Associação dos Defensores Públicos do Paraná e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná, que acompanharam as prisões, informaram por meio de nota que nenhum deles foi identificado como black bloc, conforme aponta o governo.