O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, criticou a baixa qualidade do ensino no Brasil, mas disse acreditar que todos (governos e empresariado) estão empenhados em resolver o problema. Ao comentar a apresentação feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante o Fórum Empresarial de Comandatuba, o deputado disse que a deficiência no nível da rede educacional está ligada à desigualdade social e à má formação de professores.

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– Se os professores são mal-formados, como vamos ter alunos bem formados? – questionou.

Chinaglia criticou fortemente o que chamou de “proliferação do ensino superior privado no país”. Segundo ele, a situação vai contra a qualidade e os interesses da nação.

CPI da Educação

Já o presidente do Congresso Nacional, senador Garibaldi Alves, fez uma ressalva aos elogios do ministro Fernando Haddad sobre a autação do Parlamento nas discussões sobre educação. Ele defendeu mais debates e considerou até a possibilidade de abertura de uma CPI sobre o assunto.

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– Seria bom abrir uma CPI sobre a educação, para levar um debate positivo do problema ao Congresso Nacional – justificou, lembrando que a idéia original de uma comissão parlamentar foi criada pelo senador Cristovam Buarque.

Garibaldi Alves pediu a realização de um mutirão pela educação e disse que o apoio da iniciativa privada é conseqüência da não-atuação do governo no setor.

Escola mais sedutora

Na avaliação do ministro do Esporte, Orlando Silva, a escola deve ser não apenas uma rede de atendimento, mas de proteção da infância. Ele disse acreditar que para que o conceito possa ser aplicado, a escola deve ser mais alegre e atrativa para que os estudantes permaneçam mais tempo em um ambiente dedicado ao aprendizado.

Segundo Orlando Silva, ao mesmo tempo que a educação pode alavancar o desenvolvimento do país, pode ser um instrumento para fundamentar valores e estimular a sensibilidade. O ministro defendeu a utilização de ferramentas como a inclusão digital, o estímulo às artes e, sem deixar de lado o setor com que trabalha, disse que não há hipótese da jornada escolar ser ampliada sem a atividade esportiva.

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