O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar (4º BPM), em Florianópolis, tenente-coronel Marcelo Pontes, declarou que a corporação agiu “para manter a ordem pública para evitar que a ponte fosse fechada, pensando na coletividade”, durante o protesto que terminou em confronto entre manifestante e policiais, no noite desta segunda-feira (10), no Centro de Florianópolis.
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A manifestação, iniciada às 18h, foi contra a PEC 241 – a chamada “PEC do Teto” – e o governo Michel Temer. Pouco mais de uma hora depois, participantes tentaram ocupar as cabeceiras insulares das pontes Pedro Ivo e Colombo Salles. Em entrevista à CBN Diário, o comandante do 4º BPM disse que tentou conversar com líderes do movimento para tentar um acordo sobre o trajeto, mas ninguém se posicionava à frente da organização.
_ Nós começamos a fazer as intervenções necessárias para impedir que o acesso à ponte fosse fechado, até porque existe uma determinação judicial que prevê que as pontes não podem ser obstruídas _ declara Marcelo Pontes.
Para dispersar o grupo, a Polícia Militar utilizou bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha. Segundo o tenente-coronel, o grupo atirou pedras e fogos de artifícios, e cinco policiais ficaram feridos.
Três pessoas acabaram sendo detidas durante o ato. Elas foram encaminhadas à Central da Polícia Civil por desacato à autoridade, dano ao patrimônio público e resistência à prisão, segundo a PM. Um dos jovens foi solto após o pagamento de fiança.
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Duas estudantes de 22 e 27 anos, que seguiam na delegacia até a manhã desta terça-feira (11), devem ser conduzidas ao fórum da capital para uma audiência de custódia às 14h. Hoje, um evento criado nas redes sociais – organizado pelo Ocupa Minc SC, responsável pelo protesto de ontem – promete se manifestar contra as prisões, considerado-as como “políticas” e “ilegais”. O grupo também reclama da “truculência da PM”.