Após convite do secretário de Segurança Pública, César Augusto Grubba , o comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, José Luiz Gonçalves da Silveira, aceitou a proposta para comandar a Agência Central de Inteligência (ACI) da Polícia Militar de Santa Catarina em Florianópolis. Ele está há três anos no comando do Vale do Itapocu. Confira a entrevista com o comandante.
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AN – Como o senhor recebeu esse convite?
José Luiz Gonçalves da Silveira – Recebo como uma nova missão.
AN – Já esperava receber o convite?
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Gonçalves – Conheço o coronel Paulo Henrique há bastante tempo. Ao longo dos últimos anos, nos aproximamos mais, especialmente em conversas informais, inclusive sobre a atividade de inteligência. Nos últimos dez anos, venho estreitando meu vínculo com a atividade de inteligência de forma significativa. Fiz pós-doutorado em engenharia e gestão do conhecimento na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Sou apaixonado pela atividade de inteligência e tinha a pretensão de chefiar a Agência Central de Inteligência da corporação, mas não esperava receber o convite neste momento.
AN – O senhor já sabe o nome do possível substituto, tem alguma indicação?
Gonçalves – Em 19 de setembro de 2011, quando assumi o comando do 14º Batalhão, o então major Vonk foi meu subcomandante. Desenvolvemos uma política de comando participativa com os oficiais e colhendo informações essenciais junto à tropa – uma construção coletiva. Atualmente, o tenente-coronel Vonk está servindo em Mafra e sugiro o nome dele para manter a atual política e gestão para segurança pública de nosso batalhão com a comunidade.
AN – Qual trabalho que o senhor desenvolveu que chamou a atenção do comando geral em Florianópolis?
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Gonçalves – O 14º BPM estabeleceu uma parceria com o Jaraguá Tec, composta pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e a Universidade Católica de Santa Catarina, para estruturar e desenvolver o Observatório de Inteligência de Segurança Pública – em implantação de forma pioneira em Jaraguá do Sul. O comandante-geral pretende implantar na Polícia Militar de Santa Catarina o Observatório Estadual de Inteligência de Segurança Pública, junto à Agência Central de Inteligência (ACI) da PM, sendo este, provavelmente, um dos fatores que convergiram para o convite.
AN – O senhor se sente preparado para o novo desafio?
Gonçalves – Mudança, preparação e oportunidade: esta trilogia que acredito favorecer na hora das escolhas e obtenção de melhores resultados. Nos tempos atuais, não se pode esperar pela sorte. Tenho um currículo forte na área, pois servi junto à coordenação-geral de inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça em Brasília por dois anos (2009/2010), realizei curso na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), integrei o Comitê Nacional de Revisão da Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública, desenvolvo estudo e pesquisa aplicada na área de inteligência, ministro aulas em nível de pós-graduação em inteligência competitiva e estratégica. Contudo, o que mais me anima na possibilidade de assumir a ACI é acreditar em uma equipe comprometida, dedicada e de confiança com que trabalho na Agência Central de Inteligência.
AN – Se for criada a 12ª Região de Polícia Militar, sediada em Jaraguá do Sul, o senhor aceitaria um convite para assumir?
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Gonçalves – Certamente! Assumiria hoje, se fosse criada. Seria inenarrável.