Comandante diz que jovem atirou contra policiais militares antes de ser atingido

O comandante do 22º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Mauro da Silveira, afirmou que o jovem Lucas Mafra, 18 anos, foi atingido e morto após atirar contra policiais militares em uma perseguição no Bairro Jardim Atlântico, na noite de quinta-feira, em Florianópolis.

Lucas, conhecido como Bolinha, estava envolvido na morte do policial militar Misael Gonçalves, o Índio, em julho de 2011 – Misael também era morador do Jardim Atlântico e conhecido por atuar contra o tráfico de drogas no local. Lucas cumpriu medida socioeducativa pelo crime e estava em liberdade.

– Houve abordagem policial de rotina. Ele (Lucas) correu para dentro de casa armado, reagiu e atirou na guarnição – disse o comandante.

Ele disse que houve confronto com os PMs e que Lucas tinha histórico de crimes de furtos e roubos na região.

Pela manhã, em entrevista à Rádio CBN, o comandante-geral da PM, coronel Nazareno Marcineiro, disse que a corporação irá apurar se houve excesso pelos policiais.

As investigações vão acontecer em dois procedimentos: por um inquérito policial na Delegacia de Homicídios (Polícia Civil) e por um Inquérito Policial Militar na Corregedoria Geral da Polícia Militar.

Lucas morreu nos fundos de casa. Na noite do fato, familiares dele acusaram os PMs de invasão da moradia e de execução.

Entrevista: Tenente-coronel Mauro da Silveira

O comandante do 22º Batalhão da PM, no Continente, disse que Lucas Mafra atirou contra os PMs ao ser perseguido.

Diário Catarinense – Já há avaliação do comando sobre a ação dos PMs na ocorrência?

Mauro da Silveira – Não há avaliação final e sim preliminar porque é preciso aguardar os laudos, a perícia. Isso será feito em dois inquéritos, um na Corregedoria da Polícia Militar e outro pela Polícia Civil.

DC – Como começou essa ocorrência?

Mauro – Foi em uma abordagem policial de rotina. Ele (Lucas) correu para dentro de casa armado, reagiu e atirou na guarnição. Ele tem histórico de furtos e roubos na região de São José. Foi uma situação de confronto, embate e deu nisso.

DC – Houve apreensão de arma?

Mauro – Sim, ele (Lucas) estava com uma pistola que apresentava cartuchos deflagrados e foi entregue na delegacia.