O governo do Estado do Paraná divulgou nesta quinta-feira que o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cesar Kogut, pediu exoneração do cargo ao governador Beto Richa (PSDB). Ele alegou “dificuldades administrativas” com a Secretaria de Segurança Pública e teve seu pedido aceito. O coronel Carlos Alberto Bührer Moreira assume interinamente o comando da coroporação.
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O coronel Kogut se envolveu em uma polêmica com o secretário de Segurança, Fernando Francischini, depois da manifestação de professores em greve que terminou em confronto com a PM. O secretário criticou a postura da polícia do Paraná no protesto e disse, em entrevista coletiva à imprensa, que “apenas cuidava da gestão da pasta e que a responsabilidade das operações de campo era da Polícia Militar”.
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As declarações irritaram o comando da PM do Paraná e motivaram uma carta, enviada ao governador do Estado. Um trecho do documento dizia que o secretário “foi alertado inúmeras vezes sobre os possíveis desdobramentos durante a ação e que mesmo sendo utilizadas as técnicas reconhecidas como as indicadas para a situação, pessoas poderiam sofrer ferimentos, como realmente ocorreu, tendo sido vítimas manifestantes e policiais militares empregados na operação”.
Além disso, o comando da PM do Paraná fez questão de ressaltar que houve abertura de Inquérito Policial Militar para “apurar os possíveis excessos” cometidos por policiais.
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A manifestação, na quarta-feira passada, terminou com 213 manifestantes e 21 policiais feridos. A polícia prendeu 14 manifestantes, mas a Associação dos Defensores Públicos do Paraná e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná, que acompanharam as prisões, informaram por meio de nota que nenhum deles foi identificado como black bloc, conforme aponta o governo.
*Zero Hora