O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, avalia que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff será derrubado ainda na Câmara dos Deputados.
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– Com voto aberto, acho que impeachment não passa sequer na Câmara – afirmou.
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Para endossar a tese, o ministro usa a contabilidade dos votos do pleito secreto, que elegeu uma chapa de oposição para a composição da comissão especial de impeachment. Apesar de o governo ter sido derrotado, a base conseguiu 199 votos. Para garantir a manutenção da presidente, são necessários 171 votos quando o processo chegar ao plenário.
Wagner acredita que a votação secreta é um “convite à traição, dos dois lados”, mas que o momento é favorável à Dilma.
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– Não gosto de falar que está enterrado, mas, assim que a Câmara votar, acho que esse impeachment nós enterramos – aposta.
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Quanto aos prazos, Wagner entende que são incertos:
– Quem faz a pauta é o presidente da Câmara. Mas, para mim, hoje o impeachment está natimorto.
Para o ministro, o processo de destituição aberto contra Dilma está enterrado porque “não houve crime de responsabilidade fiscal cometido pela presidente”.
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Além disso, Wagner pensa que a sociedade está cansada do rito de impeachment. E afirmou que a população quer saber de emprego e desenvolvimento.
– A sociedade não quer saber quem está sentado na cadeira, quer saber o que vamos fazer com o Brasil – comentou.
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