O Figueirense conquistou um importante resultado diante do Corinthians, nesta quinta-feira, dia 7, no Pacaembu, em São Paulo. Com um jogador a menos durante a maior parte da etapa final – o zagueiro Anderson foi expulso – o Figueira empatou em 1 a 1 e aumentou para 13 jogos a invencibilidade atuando fora de casa pelo Brasileiro. Com o resultado, a equipe catarinense chegou aos cinco pontos, enquanto o Corinthians somou o primeiro. Domingo, o Alvinegro encara a Ponte Preta, no Orlando Scarpelli.

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Às vésperas do primeiro duelo contra o Santos pela semifinal da Libertadores, o Corinthians entrou em campo com força máxima. O objetivo era dar ritmo de jogo à equipe titular e sair da lanterna do Brasileiro, situação incômoda para qualquer clube, muito mais para a exigente torcida corintiana. Como era de se esperar, o Figueira se posicionou de forma mais cautelosa no início da partida.

Quase todos os jogadores voltavam para o campo de defesa quando não tinham a posse de bola. Já o Corinthians ficava trocando passes na intermediária ofensiva para encontrar uma brecha e se infiltrar no paredão alvinegro. Ciente das dificuldades, o técnico Tite armou o Corinthians no sistema 4-3-3, com Jorge Henrique aberto pelo lado direito e Emerson Sheik caindo pelo lado esquerdo.

Argel, técnico do Furacão, pensou diferente. Redobrou o cuidado defensivo ao ponto de ter Julio Cesar, o jogador mais adiantado do time, dando cobertura para o lateral direito Pablo. A estratégia deu resultado, tanto que só aos 27 minutos o Corinthians criou a primeira boa chance com Alex, que driblou dois marcadores e lançou Ramon dentro da área para chutar cruzado, pela linha de fundo. Apesar de estar em posição legal, o árbitro assinalou impedimento.

Depois, aos 32, Alex teve outra boa chance dentro da área, mas chutou fraco e o goleiro Ricardo defendeu. Montado com três volantes (Ygor, Túlio e Jackson) e apenas um meia de criação (Ronny), o Furacão parecia contente com o resultado. Só que uma hora o sistema reforçado de marcação pode falhar e foi o que aconteceu. Aos 37, Alessandro tabelou com Jorge Henrique pelo lado direito, cruzou a bola na área e Danilo, posicionado como um atacante, concluiu de cabeça, no contrapé de Ricardo, para abrir o placar.

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No segundo tempo, o Figueira voltou diferente, muito mais agressivo. E, com menos de um minuto, Julio Cesar deu o sinal. Arriscou de fora da área, mas o goleiro Cássio, bem colocado, defendeu em dois tempos. Aos nove, Julio Cesar recebeu de Caio, na entrada da área, e bateu no canto direito, com perigo, mas a bola saiu pela linha de fundo.

Argel, então, substituiu o meia Ronny, de atuação apagada, pelo atacante Aloisio, recuperado de lesão. A intenção de Argel parecia clara: dar mais poder ofensivo ao time e tentar buscar o empate fora de casa. O problema é que cinco minutos depois, o zagueiro Anderson Conceição, estreante da noite, cometeu falta dura em Emerson e foi expulso. Com um jogador a mais em campo, o Corinthians voltou a ter o domínio da partida.

Aos 20, Danilo soltou a bomba de fora da área e Ricardo evitou o segundo gol. Aos 23, Alex cobrou falta e a bola passou pertinho do poste esquerdo. Mas o Figueira não se entregou e, após assimilar o golpe, partiu para o ataque. A ousadia deu resultado. Aos 33, Guilherme Santos escapou pelo lado esquerdo, cruzou na área e Caio, livre de marcação, empurrou a bola para as redes.

No final, o Corinthians insistiu na jogada pelo alto, mas encontrou muita dificuldade. Melhor para o Figueira, que continua invicto no Brasileiro.

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FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 1

Cássio; Alessandro, Chicão (Douglas), Leandro Castán e Ramon (Elton); Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Jorge Henrique (Liedson) e Emerson. Técnico: Tite

FIGUEIRENSE 1

Ricardo; Pablo, Canuto, Anderson Conceição e Guilherme Santos; Ygor, Túlio, Jackson e Ronny (Aloisio); Caio (Sandro) e Julio Cesar (Luiz Fernando). Técnico: Argel Fucks

Gols: Danilo (C), aos 37 minutos do 1º tempo; Caio (F), aos 33 minutos do 2º tempo.

Cartões amarelos: Canuto, Ricardo, Túlio e Aloisio (F)

Cartão vermelho: Anderson Conceição (F)

Arbitragem: Andre Luiz Freitas de Castro, auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Jesmar Benedito Miranda de Paula.

Local: Estádio Pacaembu, em São Paulo.

Público: 23.048

Renda: 397.022