O Fluminense segue vivo na Taça Guanabara. Com gols de Rafael Moura, Thiago Neves e Wellington Nem, o time derrotou o Americano, em Campos, por 3 a 2, na noite desta quarta-feira, e se mantém na briga por uma vaga do Grupo B nas semifinais do primeiro turno do Estadual. Os gols da equipe de Campos foram marcos por Marcos Felipe e Hugo.

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Primeiro tempo agitado

A partida começou equilibrada no Godofredo Cruz. A bola ficava a maior parte do tempo no meio de campo tamanha a disputa entre os times. O Americano, guiado pelo experiente Pachola, ensaiava algumas boas jogadas mas pecava na hora do último passe. O time de Campos marcava bem os meias do Flu, fazendo com que eles tivessem que voltar ao círculo central para buscar o jogo.

Aos 12, em uma vacilada na marcação, Bruno achou Wellington Nem pela direita. O meia-atacante deixou Ricardo Braz para trás e foi puxado pelo zagueiro dentro da área. Pênalti e cartão amarelo para Ricardo Braz. O capitão Rafael Moura bateu no canto direito de Erivélton – que pulou no canto certo mas não alcançou – e abriu o placar.

Foi o segundo tento do centroavante no Campeonato Carioca. Três minutos depois, o He-Man recebeu e invadiu a área. Ele se embolou com Adalberto e caiu pedindo uma nova penalidade, que não existiu. Até então, o meia Thiago Neves estava sumido em campo.

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Ele invertia de posição com Wellington Nem mas a troca não surtia efeito. Buscando o empate, o lateral-direito Alex infernizava vida de Carlinhos. Aos 17, ele cruzou na cabeça de Tardelly. O atacante do Cano, livre na pequena área, conseguiu cabecear para fora com Cavalieri vendido no lance.

Com o relógio marcando 26 minutos, Thiago Neves sofreu falta e na cobrança, acertou a trave de Erivélton. Quatro minutos depois, o lance mais polêmico da partida. Rafael Moura foi expulso por jogar o braço para trás protegendo a bola de Adalberto.

A pancada não pegou em cheio, mas o zagueiro caiu no gramado com a mão no rosto e o juiz Rodrigo Nunes de Sá expulsou o capitão do Flu, que passou a braçadeira para Thiago Neves. E o Tricolor não resistiu muito tempo ao baque. Aos 38, após cobrança de escanteio pela direita, Thiago Neves desviou na primeira trave para trás e a bola sobrou para Marcos Felipe, que dominou livre e bateu com violência de canhota para empatar o duelo, sem chances para Diego Cavalieri

Com um a menos, jogadores do Flu decidem a partida

O Fluminense voltou do intervalo decidido a ganhar o jogo. E com 4 minutos de segundo tempo, o lateral Bruno – que já havia dado o passe para o lance que originou o pênalti convertido por Rafael Moura – acertou belo cruzamento para Thiago Neves cabecear e devolver a vantagem para o Tricolor.

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O gol fez o técnico Luis Antônio Zaluar mandar o time para o ataque. Ele lançou o atacante Hugo no lugar do meia Marcone buscando tirar vantagem da superioridade numérica. Porém, o time esbarrava nas limitações técnicas e não conseguia arranjar boas situações de gol.

E quem fez o terceiro foi o Fluminense. Mas de uma maneira curiosa. Wellington Nem, que correu durante todo o jogo, caiu no chão aos 22 pedindo para ser substituído. Ele chegou a ser levado de maca para fora do campo e o técnico Abel Braga botou Wágner para aquecer.

Como o reserva ainda não estava pronto, Nem teve que voltar ao campo. Voltou e passou a bola para para Jean, que deu a Thiago Neves. O novo capitão cruzou na medida para Wellington Nem, livre na pequena área, finalizar para o gol vazio e deixar o campo como herói. A essa altura, a tática do Americano era cruzar bolas para a área a fim de tentar aproveitar algum vacilo da dupla de zaga tricolor.

Aos 35, Diego subiu livre, na pequena área, e conseguiu a proeza de cabecear por cima do gol de Cavalieri. Com a entrada de Souza e Wágner, o Fluminense tocava a bola no meio para passar o tempo.

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E, aos 46, o zagueiro Leandro Euzébio furou na entrada da área e o atacante Hugo bateu no canto, sem chances para Diego Cavalieri. Mas não havia mais tempo para nada.

Fluminense saiu de Campos com os três pontos, e o cargo de Abel Braga deve ser mantido por enquanto.