Em um jogo de um tempo só, o Atlético-MG voltou a vencer no Campeonato Brasileiro e despachou o Coritiba em casa, com um placar de 3 a 0. O duelo da 20ª rodada do torneio teve um nome: o atacante Jô. Ele marcou os três gols da vitória e deu continuidade à boa fase que vive, já que foi o artilheiro da Seleção nos amistosos contra Austrália e Portugal.

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O Coritiba teve duas chances claras, que não tinha o craque Alex no comando e foi controlado pelo Galo.

HAT-TRICK DE JÔ

O Atlético-MG começou a partida muito ofensivo, mas errava muitos passes. Parecia que o Coritiba seria mais um adversário complicado de se enfrentar, mesmo no Independência. O Coxa aplicava forte marcação no campo de ataque. Mas foi questão de tempo até o time da casa achar o caminho da vitória, que seria pelo corredor esquerdo de seu ataque.

Se o Alviverde dependia da velocidade de Vitor Junior para criar algo e se aproveitada das várias faltas marcadas pelo juiz a seu favor, o Galo usou e abusou da força e velocidade de Fernandinho. O ponta esquerda recebeu bola de Luan, venceu a marcação e tocou para Jô só encostar. Depois, um dejavú, já que o camisa 11 recebeu de R10, levantou a cabeça, rolou para trás e viu Jô pegar de primeira.

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O Coritiba tomava dois gols rapidamente e não mostrou força de reação. Continuou tentando atacar com ligação direta. Mas apenas Luccas Claro era um elemento elogiável do time paranaense.

E o noite do atacante da Seleção Brasileira era de cansaço, mas muita iluminação. De volta ao time depois dos amistosos do Brasil (estava em Boston na terça-feira), Jô realizou o primeiro hat-trick pelo Atlético. Desta vez, foi o colega de time canarinho, Marcos Rocha, que o lançou pelo alto. O jogador, que não marcava pelo Alvinegro desde a final da Libertadores – 48 dias – tocou de forma sutil na saída de Vanderlei. 3 a 0 e um passeio do Galo.

SEGUNDO TEMPO MORNO

A etapa complementar do duelo começou em um ritmo parecido dos primeiros 45 minutos. Lento e com muitos erros de passe. Além disso, as várias faltas cometidas dos dois lados impediram uma maior fluência da partida. O Coxa já não ia atrás da vitória mais, com a desvantagem já formada. Enquanto isso, do lado preto e branco, o placar já estava aceitavelmente dilatado.

O jeito foi minimizar as chances de erro na defesa do Atlético, mas não teve como evitar um certo relaxamento com a bola no pé. Os jogadores do Galo optaram pelo ‘jogo bonito’, que, em sua maioria, acabava devolvendo a posse de bola para os visitantes.

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Com Lincoln apagado demais, o Coritiba pouco fez em campo. Conseguiu chamar mais a atenção fora dele, quando o auxiliar técnico Tcheco – aquele mesmo que jogou pelo Coxa – foi expulso por reclamação. Os dois goleiros acabaram virando apenas espectadores no jogo.

O herói da noite, Jô, sentiu a fadiga pela volta da Seleção e foi substituído na metade do segundo tempo. Recebeu os aplausos de pé da Massa e deu lugar para Alecsandro. Daí para frente, pouquíssimos lances de perigo e o jeito foi fazer as substituições para aquecer os ânimos.

Vitória tranquila do Galo, que se livra da zona de rebaixamento e volta a vencer depois de dois jogos sem os três pontos. Com o triunfo desta quinta, ele foi da 16ª posição para a 10ª. Já o Coritiba continua com uma boa campanha, estando na oitava colocação, com 28 pontos.