Goleiro é a posição mais antagônica do futebol. Em um mesmo jogo ele pode ser herói e vilão. Uma falha, por mais pequena que seja, pode ocasionar a derrota do clube. Por isso, eles são os primeiros a chegar nos treinos e geralmente os últimos a sair.
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Oliveira e Alex Muralha, além de compartilharem todos os sacrifícios citados acima, tem trajetórias muito semelhantes neste Catarinense. A partida deste domingo, às 16h, na Arena coloca frente a frente goleiros que tiveram que assumir a titularidade em momentos difíceis de JEC e Figueira.
A situação de Oliveira foi mais tensa. Ele virou titular em um momento de baixa técnica de Ivan, um dos ídolos tricolores. Descontente, Ivan pediu para sair. Assim, Oliveira tomou conta da posição. Na época, o Joinville estava em má fase e o goleiro não foi poupado dela. Mas boas defesas o ajudaram a mostrar sua qualidade, assim como o rival deste domingo.
– O Alex teve uma situação parecida com a minha. Estava no banco, respeitou quem estava jogando e trabalhou em busca do seu lugar. Entrou e tomou conta da posição – analisou Oliveira.
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Finalmente uma oportunidade
Alex Muralha chegou no Furacão no ano passado – quando o clube tinha Tiago Volpi em ótima fase. Assim, o ele teve que esperar por uma oportunidade. Ela chegou no segundo turno da Série A, contra o Fluminense, mas uma lesão tirou a chance de Alex jogar. Ela caiu no colo de Luan Polli, que foi bem na partida e saiu na frente na briga pela titularidade em 2015. Mais uma vez Muralha teve que ter paciência. Ele esperou por outra chance, que surgiu na terceira rodada do Estadual. Alex Muralha assumiu a meta alvinegra para nunca mais sair.
Com moral, os goleiros tem papel fundamental no jogo deste domingo, afinal, quem vencer tem a vantagem de decidir o Catarinense em casa.
“É uma decisão antecipada”, analisa Oliveira
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Como você avalia o seu desenvolvimento dentro do clube?
Oliveira – Desde que eu cheguei, procurei trabalhar, focar para a hora que eu tivesse a minha oportunidade, estar bem e ajudar o time. Sabia que tinha o Ivan, que é ídolo da torcida e vinha fazendo grandes jogos, mas eu sempre procurei trabalhar forte. Quando tivesse uma chance, teria que estar bem e dar confiança e segurança. Passamos por um momento difícil dentro da competição, mas sabíamos que o grupo todo ia buscar essa melhora.
O JEC começou o Estadual mal e conseguiu evoluir. O clube está crescendo na hora certa?
Oliveira – Acho que o Hemerson Maria sempre foi muito feliz nas palavras que disse. Ele falava externamente, mas principalmente internamente, que a gente estava em evolução e que nosso time ia crescer na competição. Nós compramos essa ideia. A gente foi trabalhando para que pudesse dar certo e estamos crescendo no momento certo, agora que chegou o momento decisivo. Tenho certeza que se continuarmos fazendo o que temos feito, vamos alcançar nossos objetivos.
Como acha que será o jogo?
Oliveira – Eu acho que é uma decisão porque, provavelmente, o Figueira deve ser o nosso adversário na final. A gente tem esse confronto que pode valer muito. O campeonato do ano passado foi decidido muito pelo fator casa. Sabemos da importância que esse jogo tem, mas a gente sabe também que, caso aconteça um empate, tem mais um jogo pela frente. ?
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“Para goleiro um apelido desse te deixa bem confiante”, diz Muralha
Como você ganhou o apelido de Muralha? Gosta dele?
Alex – O apelido surgiu em Ribeirão Preto (SP), no Comercial. Era a final da Série A2 (segunda divisão) e conseguimos o acesso. Acabou o jogo e todo mundo ficou falando de uma bandeira minha com esse apelido. Eu estava tão focado no jogo que não vi. Fiquei feliz de ter uma bandeira no clube, isso mostra que o trabalho foi bem feito. Gosto sim de ser chamado de Alex Muralha. Para goleiro um apelido desse te deixa bem confiante. Tenho que trabalhar para manter o apelido.
Você chegou e já tinha um titular no Figueira. Como foi a expectativa por uma chance?
Alex – Quando eu cheguei o Tiago Volpi estava muito bem. Infelizmente tive duas lesões graves e em uma dessas teve a chance de jogar com o Fluminense e caiu no colo do Luan Polli, e que foi muito bem. Procurei trabalhar e esperar a minha hora. O ano começou e quando cheguei vim com a cabeça diferente para quando a oportunidade surgisse eu agarrar e não sair mais. Ela veio, estou aproveitando e espero não sair mais.
É mais fácil jogar tendo uma das melhores zagas de SC?
Alex – Claro, né. Que goleiro não gostaria de ter uma zaga como a nossa, sai um, entro outro e a qualidade continua. Isso dá muita segurança. Às vezes falam que o goleiro é o menos vazado, mas esse sucesso passa pelo sistema defensivo para depois chegar na gente.
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