Ninguém do Figueirense desistiu da Série B do Campeonato Brasileiro. No primeiro jogo do time depois do término de parceria com a Elephant, o Figueira mostrou futebol de muito esforço. Mas só isso não foi suficiente para bater o líder Bragantino. A torcida fez mais que sua parte no Orlando Scarpelli. Não apenas formou o maior público da temporada no estádio, como cantou bem alto em apoio ao time mesmo com a derrota por 3 a 0.

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O Figueira segue na Série B e em busca da reação para pelo menos continuar nela em 2020. Sem tempo para lamentar e com a permanência por buscar, volta a jogar na sexta-feira (27). Às 21h30min, o Alvinegro encara o Atlético-GO no Antônio Accioly. Já o ainda mais líder Bragantino entra em campo no domingo, às 16h, para enfrentar o Vitória no Nabi Abi Chedid.

O jogo

Os primeiros quatro minutos de bola rolando foi em meio a um imenso foguetório do lado de fora, na demonstração da torcida de satisfação com o término da parceria com a Elephant na administração do futebol alvinegro. Instantes depois do último espocar no céu do Estreito, o Figueirense chegou ao ataque e quase abriu o placar.

Após bate-rebate, Victor Guilherme soltou uma bomba que quase foi transformada em assistência para Robertinho, que tocou na bola mas não conseguiu escorar para as redes. Os dois eram os alas do 3-5-2 montado por Márcio Coelho, no primeiro jogo dele desde a efetivação como treinador do Figueira até o final da temporada.

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O Bragantino foi assustado nos instantes iniciais. No entanto, depois do aperto, colocou a bola não chão e começou a tocar bola. Chegou duas vezes em lance que exigiram bom posicionamento de Vidotto. Aos 21, ele foi obrigado a fazer grande defesa. Barreto recebeu na intermediária sem marcação e aproveitou o espaço para mandar o sarrafo desviado com a ponta dos dedos pelo goleiro do Figueirense.

No entanto, ficou difícil para ele aos 31. Rafael Silva fez boa tabela com Uillian Correia antes do cruzamento curto e preciso para Matheus Peixoto desviar no primeiro pau, mesmo marcado por Ruan Renato, e comemorar o gol do Bragantino. O Figueirense tratou de botar a bola no chão e conectar poucos passes para chegar à área adversária. Quase deu certo aos 36, quando Andrigo só não conseguiu a finalização porque o goleiro do Massa Bruta apareceu antes para evitar.

A cobrança de escanteio, de Tony, encontrou Zé Antônio livre para subir e cabecear. A testada foi sobre o travessão. Sem conseguir o empate, o Figueira sofreu nos instantes finais, sejam em contra-ataques que deixaram a defesa alvinegra no mano a mano ou no toque de bola envolvente que terminava em finalização. Foi da segunda forma que o Bragantino ampliou antes do intervalo. O cruzamento da esquerda foi desviado por Claudinho para deixar Vidotto vendido e a bola na rede do Figueirense.

O esquema com três zagueiros foi desfeita no intervalo. O Figueira voltou com Renner para jogar na lateral esquerda. A mudança não fez muito efeito. A equipe da casa até chegava no campo de ataque, mas nele não conseguia produzir lances de perigou.

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Ainda que não tivesse o mesmo interesse que no primeiro tempo, o Bragantino conseguiu ampliar. Vidotto fez grande defesa em chute de Aderlan. Após o escanteio decorrente da intervenção, Léo Oritz foi no terceiro andar e cabeceou forte e certeiro na rede alvinegra.

Everton Santos e Patrick entraram aos 20 para dar sangue novo ao Figueirense. Everton mostrou um pouco do talento apresentado na primeira passagem pelo clube, em 2013. Seis minutos depois de entrar em campo, veio a bola alçada e ele mandou um voleio que exigiu defesa de Júlio César.

Minutos depois, a torcida do Figueira deu a maior manifestação de amor ao clube possível depois do rompimento do contrato com a Elephant. Mesmo com o placar largo e adversário, o torcedor cantou alto, como se no gramado o Furacão de goleada vencesse.

O resultado e a situação na Série B 2019 ficaram em segundo plano. Era hora o começo de uma nova era no clube.

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FICHA TÉCNICA – Figueirense 0 x 3 Bragantino

FIGUEIRENSE: Matheus Vidotto; Pereira (Renner), Alemão e Ruan Renato; Victor Guilherme, Zé Antônio (Patrick), Betinho, Tony e Robertinho; Andrigo e Yuri Mamute (Everton Santos). Técnico: Márcio Coelho.

BRAGANTINO: Júlio César; Aderlan, Léo Ortiz, Rayan e Rafael Silva; Barreto, Uillian Correia e Claudinho (Vitinho); Morato (Wesley), Bruno Tubarão e Matheus Peixoto (Ytalo). Técnico: Antônio Carlos Zago.

GOLS: Matheus Peixoto, aos 31 do primeiro tempo, Claudinho, aos 47 do primeiro tempo, e Léo Ortiz, aos 11 do segundo tempo (B).

CARTÕES AMARELOS: Ruan Renato (F). Aderlan, Léo Ortiz e Uillian Correia (B).

ARBITRAGEM: Rodrigo Nunes de Sá, auxiliado por Diogo Carvalho Silva e Lilian da Silva Fernandes Bruno (trio do RJ).

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BORDERÔ: 12.741 torcedores, para renda de R$ 192.376.

LOCAL: Orlando Scarpelli.

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