Rafael Moura é a principal contratação do Figueirense para a temporada. O jogador de 32 anos assumiu a camisa nove do clube e terá a responsabilidade de ser o artilheiro da equipe. Antes mesmo de jogar, ele já é apontado como um dos líderes e sobre seus ombros pairam a responsabilidade de substituir Clayton, que na última temporada foi o cara do Furacão. São muitas coisas a fazer e ele está ansioso para jogar.
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A estreia será neste domingo, às 18h30min, no Estádio Orlando Scarpelli, contra o Guarani de Palhoça. Não há garantia que a torcida alvinegra verá já nesta partida o melhor de He-Man e ele pede paciência, afinal, sua última partida foi em outubro, quando sofreu uma lesão no pé direito que o deixou fora dos gramados até agora.
Quem conhece Rafael Moura o descreve como um atleta dedicado e que treina ao limite. Mas que sua grande diferença está na personalidade, ele não é o jogador que se esconde em momentos de crise e possui um discernimento acima da média.
– Joguei com ele no Goiás, em 2010, e fora de campo ele está sempre motivando o grupo. É um aficionado por vitórias. Sua ambição pelos gols fez a gente chegar muito longe na Copa Sul-Americana – garante Marcelo Costa, que junto com Rafael Moura levou o Esmeraldino à decisão do torneio continental daquele ano.
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Roberto Alves: Rafael Moura é a referência que faltava ao ataque do Figueira
Pelo Goiás, Rafael Moura foi o artilheiro da competição com oito gols. Em 2010, apesar de ter chegado à decisão da Copa Sul-Americana, o Goiás foi rebaixado. Mas mesmo assim, a torcida e a diretoria do time goiano têm muito carinho por ele. Inclusive, o Esmeraldino foi uma das equipes que tentou a contratação de Rafael neste ano.
– O Figueirense fez uma bela aquisição. E ele não está no Goiás porque não quis. Me dou muito bem com ele e conversei bastante para ele voltar, mas não teve jeito, ele preferiu ficar no Sul. Se jogarem a bola na área para ele podem esperar muitos gols – conta Hailé Pinheiro, presidente do conselho deliberativo do Goiás e amigo de Rafael Moura.
O esforço por He-Man
Quando Daniel Nepomuceno, presidente do Atlético-MG, fez uma oferta por Clayton, o mandatário do Figueira, Wilfredo Brillinger, exigiu dois jogadores emprestados. Aceito o pedido, o dirigente do clube catarinense pediu para a comissão técnica fazer uma lista dos atletas que interessariam. No topo: Rafael Moura e Dodô.
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– Fui para a negociação pré-determinado a conseguir. Mas antes de bater o pé com o Atlético-MG eu conversei com o Rafael que me falou do desejo de morar em Florianópolis e jogar aqui. Não foi simples, porque pelo menos quatro clubes queriam ele. Mas conseguimos e com o time mineiro pagando 70% do salário dele. Sem isso não seria possível – revela Wilfredo Brillinger.
Rafael Moura já tinha acertado com o Galo no ano passado seu retorno ao clube que o revelou há quase 15 anos. Porém, a chegada do técnico Diego Aguirre afastou o centroavante e por isso ele foi emprestado ao Figueira.
– Desde que virei presidente do clube essa é a nossa maior contratação – sentencia Brillinger.
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A torcida do Figueirense espera que ele seja o goleador do time e que junto com as recentes contratações e o técnico Vinícius Eutrópio consiga levar o clube a novas conquistas. E uma coisa os alvinegros poderão ter certeza, não faltará dedicação.
– Ele não é de levar desaforo para casa não. É gente boa demais, mas não vai achar que vai passar por cima dele. Ele é aquele jogador que todo time precisa – sentencia Hailé Pinheiro.
O que disse Rafael Moura
Apresentado oficialmente na sexta-feira, He-Man falou pelo primeira vez como jogador alvinegro:
Condição física
“Quero agradecer a confiança e o esforço do presidente para me trazer ao Figueirense. Chego feliz e confiante. Estou voltando de uma cirurgia (no pé direito), mas o pós-cirúrgico foi muito bom. Estou me sentido muito bem e pronto para estrear o quanto antes”.
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Entrosamento
“Ainda não treinei com os titulares. Mas com a experiência que tenho, a vontade e a sede de fazer gols, acredito que com o tempo vou me tornar um jogador importante, como fui em outras equipes”.
Parceria com Carlos Alberto
“O Carlos é uma dupla antiga minha. No treino já fiz tabelinhas com ele e será um jogador para aproximar as jogadas para mim. Espero que possamos crescer juntos. Mas para essa dupla dar certo é preciso do envolvimento dos outros atletas também. Somos um grupo”.
Centroavantes no futebol
“Eu sou um dos remanescentes de jogar dentro da área. Mas temos outros como o Fred e o Guerrero. Claro que nós centroavantes temos que nos adaptar ao novo estilo do futebol, mas não ainda sair muito da área. Só quando necessário. Estando ali dentro sempre sobra uma bola para marcar. O certo é uma mescla disso.”
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Opiniões

Alexandre Ernst – Repórter da Zero Hora, de Porto Alegre
Rafael Moura foi contratado na gestão de Luciano Davi. Leandro Damião estava para disputar as Olimpíadas, o Inter se viu mal de atacantes e decidiu apostar alto na contratação do centroavante do Fluminense. Deu-lhe um salário de R$ 450 mil, mais luvas e 2,5 milhões de euros ao time carioca. As cifras enlouqueceram a torcida, pois era o reserva do Flu, ainda que com gols marcados. O problema é que, no Inter, Rafael Moura pouco fez. Foi artilheiro do clube em 2014, ano em que Abel apostou nele. Mas nas demais temporadas, foi um reserva de luxo – sem contar as dores nos pés que sempre o atormentaram. Vaiado pela torcida em várias oportunidades, chegou a discutir com torcedores após um gol marcado em Novo Hamburgo, pediu desculpas depois, mas foi a gota d?água. É um jogador que sabe fazer gols, mas o time precisa jogar para ele. No Inter, tinha de sair muito da área, buscar jogo, tabelar. Não é a sua. Se jogar fincado na área, certamente fará os gols que o Figueirense precisa.

Paula Parreira – Editora de Esportes do Jornal O Popular, de Goiânia
Mesmo não sendo um dos mais experientes do grupo do Goiás na Copa Sul-Americana, em 2010, o Rafael Moura era um dos líderes. Ele foi decisivo para o time chegar à final da competição daquele ano, inclusive foi o artilheiro do torneio com oito gols. Mesmo o time não conquistado o título e ainda sendo rebaixado para a Série B ele se tornou uma espécie de ídolo da torcida, que gosta muito dele até hoje. É o sonho permanente da diretoria trazê-lo de volta para Goiânia. O Rafael é mais um jogador que o Goiás conseguiu recuperar. Depois de ter tido oportunidades em times grandes ele chegou aqui e se firmou, fez gols e foi para o Fluminense. A influência dele no Esmeraldino existe fora de campo também, ele indicou Enderson Moreira para treinar o Goiás – o técnico conquistou o título da Série B de 2012, além de fazer uma ótima campanha na elite em 2013. Ele é um bom jogador, ótimo dentro da área. Fora de campo é fácil de lidar e pode ajudar muito o Figueirense como foi no Goiás.
FICHA TÉCNICA

FIGUEIRENSE
Gatito Fernández, Leandro Silva, Marquinhos, Bruno Alves, Marquinhos Pedroso, Jackson Caucaia, Elicarlos, Bady, Carlos Alberto, Éverton Santos, Rafael Moura
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Técnico: Vinícius Eutrópio
GUARANI DE PALHOÇA
Douglas, Dema, Baggio, Claiton, Capa, Diego Oliveira (Luiz Henrique), Adriel, Ernesto, Alex Maranhão, Cecel, Guilherme (Naldinho)
Técnico: Sérgio Ramirez
Arbitragem: Marcus de Souza, auxiliado por Eli Alves e Maira Americano Labes
Horário: 18h30min, deste domingo.
Local: Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
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