Fernando Marcelino, de 42 anos, passou a infância morando no bairro Estreito, em Florianópolis, muito próximo do Estádio Orlando Scarpelli. Era uma época difícil para os times da Capital, já que o recém-fundado Joinville dominava o Campeonato Catarinense enfileirando oito títulos seguidos. Apesar de estar tão próximo da casa do maior rival e enfrentar uma seca de títulos, o ainda pequeno Fernando resolveu seguir o pai e torcer para o Avaí.

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Essa foi apenas uma das escolhas que aproximou o avaiano de seu pai. Fora das arquibancadas, ambos começaram a trabalhar juntos em um açougue com sede em Biguaçu, na Grande Florianópolis. Fernando aprendeu os detalhes do negócio e, após alguns anos, começou a administrar a empresa.

A paixão pelo Avaí cresceu e o número de viagens também. Para acompanhar o Leão, já esteve em Criciúma, Joinville e Porto Alegre.

Há duas semanas foi para Chapecó ver a última rodada da 1ª fase, quando o time venceu o Verdão do Oeste por 2 a 1.

O torcedor, inclusive, sorri ao exibir na tela do celular a gravação que fez do gol de Nuno, que decidiu a partida aos 42 minutos do segundo tempo.

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Pai e filho juntos no estádio

Pai e filho estarão juntos novamente no próximo domingo, no estádio da Ressacada, para torcer pelo Avaí. Ambos já são sócios do clube, mas Fernando desviou a rota de uma das entregas na tarde da última quinta-feira para comprar os ingressos para a filha e a irmã, que também irão assistir à final. Quem não vai é a sua esposa, torcedora do Figueirense.

– A relação é tranquila, mas sempre rola uma brincadeira quando o Figueirense perde. Tanto que foi fácil convencer a filha a torcer pelo Avaí – sorri.

Quem também gosta de provocar o rival é Rodrigo Gonçalves. Dono de uma hamburgueria e sócio do Avaí com a esposa, ambos estiveram na Ressacada na quinta-feira para comprar ingressos para o resto da família. Ao todo, seis pessoas estarão no jogo da final para acompanhar o Leão em mais uma final.

– Menos a sogra, que torce pro Figueirense e vai ter que ficar em casa. Figueirense é time de videogame, não joga final – provoca Rodrigo.

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O torcedor, inclusive, nem deveria estar nesse grupo. A recomendação médica é que ele estivesse até sexta-feira no hospital e passasse o domingo em repouso. Porém, pediu alta na quinta para comprar as entradas e foi liberado para ir ao estádio.

Ele ressalta que se cada sócio levar ao menos um ou dois familiares, a Ressacada ficará lotada para apoiar o Avaí rumo ao título.

– Avaí é quem está na final e a gente vai ganhar. No domingo vai ser 2 a 0, podem me cobrar – finaliza, confiante na conquista do título do Catarinense.

Rodrigo Gonçalves, torcedor do Avaí
Rodrigo Gonçalves estará na Ressacada para torcedor pelo Avaí (Foto: Leo Munhoz/NSC Total)

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