O Centro Catarinense de Reabilitação (CCR), localizado em Florianópolis, recebe cerca de 5 mil pacientes todos os meses em busca de atendimento ou equipamentos que às vezes não são encontrados em clínicas particulares ou têm custo muito alto. Ativo há 52 anos, o Centro pertence à Secretaria de Estado da Saúde vinculada à Superintendência de Serviços Especializados e Regulação (SUR) e seus programas incluem a Neuroreabilitação Adulta, Reabilitação Pediátrica, ações para Deficiência Intelectual e Espectro do Autismo, além da Deficiência Física.

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O centro faz a entrega de cerca de 4,8 mil equipamentos por ano, que incluem órteses, próteses e cadeiras de rodas. O local conta também com uma oficina para fabricação e manutenção de próteses que são destinadas a crianças, adolescentes, idosos, pessoas com paralisia cerebral, paraplégicos ou tetraplégicos.

Conheça o Centro Catarinense de Reabilitação que oferece próteses à população do estado
Alguns equipamentos oferecidos pelo centro não estão disponíveis na rede particular de Florianópolis (Foto: Secom, Divulgação)

Para ter acesso ao programa, o paciente precisa ter o encaminhamento feito pelo município de origem ou pela secretaria municipal de Saúde para a regulação do Estado.

— Essa consulta sempre é regulada, então o ingresso sempre vai ser esse. Uma vez sendo nosso paciente, a gente já consegue agendar ele aqui conforme o nosso fluxo. Esse mesmo paciente vai precisar de mais de um equipamento, geralmente. O equipamento que ele recebe hoje, daqui a um ou dois anos ele vai ter que receber de novo, seja cadeira de rodas ou uma prótese, então a gente sempre atende os mesmos pacientes durante anos — explica a enfermeira-chefe do Setor de Órtese e Prótese, Carolina Rocha.

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O programa também conta com um núcleo de Reabilitação Intelectual e Transtorno do Espectro do Autismo, que faz cerca de 700 atendimentos de crianças de 0 a 14 anos por mês.

Conheça o Centro Catarinense de Reabilitação que oferece próteses à população do estado
A peça passa por ajustes gratuitos sempre que necessário (Foto: Secom, Divulgação)

Desde 2018, Ordália de Almeida Pudkuva, de 58 anos, que perdeu a perna esquerda em um acidente de moto em 2017, é atendida pelo Centro de Reabilitação. Depois das primeiras consultas, ela recebeu a prótese.

— Foi entre ficar numa cama em depressão ou ter saúde e levantar e seguir em frente. Eu achei maravilhoso — afirma Ordália.

— Eu não me vejo hoje sem a minha prótese e condição de comprar a gente geralmente não tem. São materiais caros, que o governo fornece, então a gente agradece e faz uso mesmo de verdade. A minha eu faço bom uso. Eu não paro, sou muito ativa. — acrescenta.

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Todos os pacientes atendidos pela instituição contam com um equipamento alemão chamado Lasar, uma máquina que faz o alinhamento da prótese para que o ajuste fique perfeito e proporcione o uso confortável.

— Depois de colocada a prótese, ele sobe nessa plataforma e o alinhamento é feito em três dimensões. Os sensores captam a posição do paciente em cima da plataforma com uma descarga de peso e, dessa maneira, visualizando por um tablet, conseguimos identificar se a prótese está alinhada ou não. É um diferencial bem importante, pois melhora bastante a qualidade de vida do usuário da prótese — explica a fisioterapeuta chefe do Setor de Órtese e Prótese, Flaviana Minela.

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