Depois de dois dias de condições ruins na Praia da Joaquina, o Mundial Júnior da ASP se inicia nesta terça-feira, a partir das 8h. Ontem, as ondas ainda mexidas pelo vento Sul provocaram o segundo adiamento consecutivo.
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Com 18 competidoras, o evento feminino tem prazo para ser realizado até domingo, 3 de novembro, enquanto no masculino, com 48 atletas, as disputas podem ocorrer até a próxima terça-feira, dia 5. Por isso, a direção técnica decidiu pelos adiamentos, para colocar os competidores nas melhores condições de onda possíveis.
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– O bom é que o swell (ondulação) já encostou na Ilha, as ondas subiram e a previsão é de começarmos o evento em boas condições. Agora a chamada (convocação) é para as duas categorias. Vamos analisar o mar às 7h30min para decidir qual delas vai abrir o campeonato, se a masculina ou a feminina – informou o chefe dos juízes da ASP Luli Pereira.
Apesar das condições ruins, alguns surfistas, como o americano Cam Richards, treinaram na Joaquina, mas logo saíram do mar. Outros procuraram praias alternativas, onde a formação das ondas não era tão prejudicada pelo vento Sul devido à proteção natural dos costões, como a Praia do Matadeiro, no Sul da Ilha, e a Praia Brava, no Norte. Mas as previsões são favoráveis para a Praia da Joaquina nos próximos dias.
– A tendência é de que ao longo da semana o vento varie de Nordeste a Leste. A ondulação predominante na semana é de Sudeste, mas na sexta-feira deve entrar mais de Leste, com ondas de 1 a 1,5 metro – explica Leandro Puchalski, da Central de Meteorologia da RBS.
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Independente de qual categoria irá entrar na água primeiro, as atenções estarão voltadas para dois favoritos: o brasileiro Gabriel Medina e a sul-africana Bianca Buintedag. Ambos já integram o seleto grupo da elite do surfe mundial. Outro que chega como favorito é o paulista Caio Ibelli, campeão mundial em 2010, quando o título foi decidido em três etapas.
Como entender o campeonato:
DISPUTAS:
Acontecem em baterias com 30 minutos de duração, período em que os surfistas precisam escolher as melhores ondas para surfar e realizar manobras. As duas melhores notas são somadas e formam a pontuação do surfista.
SISTEMA DE DISPUTA:
Na 1ª fase do feminino, as duas primeiras colocadas da bateria avançam para a 3ª fase. A terceira tem uma segunda chance na 2ª fase (repescagem). No masculino, só o vencedor avança para a 3ª fase, e o segundo e terceiro colocados disputam a repescagem. A partir da 3ª fase, as baterias são de apenas dois competidores (homem a homem).
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AS NOTAS
l Os critérios são: grau de dificuldade, manobras inovadoras (aéreos e tubos têm destaque), combinação e variedade de manobras; velocidade, força e fluidez. A nota final sai da média de três notas intermediárias, após o corte da pior e a melhor nota dos cinco juízes.
As baterias dos BRASILEIROS:
Feminino:
4ª: Mahina Maeda (HAV), Carol Fernandes (BRA) e Marina Rezende (BRA)
Masculino:
3ª: Keanu Asing (HAV), Michael Rodrigues (BRA), Daniel Glenn (AUS)
4ª: Jessé Mendes (BRA), Joshua Moniz (HAV), Samuel Igo (BRA)
5ª: Matt Banting (AUS), Ian Crane (EUA), Caio Ibelli (BRA)
6ª: Carlos Muñoz (CRI), Lucas Silveira (BRA), Mitchel Parkinson (AUS)
7ª: Victor Bernardo (BRA), Takumi Nakamura (JAPN), Diran Zakarian (AFS)
8ª: Ramzi Boukhiam (MAR), Kanoa Igarashi (JAP), Tales Araujo (BRA)
9ª: João Paulo Abreu (BRA), Rafael Teixeira (BRA), Jorgan Couzinet (REU)
10ª: Gabriel Medina (BRA), Hiroto Arai (JAP), Leonardo Fioravanti (ITA)
11ª: Dylan Lightfoot (AFS), Cam Richards (EUA), Luan Wood (BRA)
15ª: Matheus Navarro (BRA), Igor Moraes (BRA), Nomme Mignot (FRA)