As bancadas governistas na Assembleia Legislativa chegaram até a fazer ameaças. Rebelaram-se contra a falta de atendimento do Centro Administrativo. Não tiveram mais notícias sobre o Fundam e a fonte secou para assinatura de convênios com prefeituras municipais.
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No inicio da tarde, o plenário do Legislativo estava completamente vazio. Faltaram até deputados para os tradicionais discursos. A sessão foi suspensa durante mais de uma hora, tempo suficiente para articulações de bastidores. Acionado, o secretário da Casa Civil, Nelson Serpa, prometeu mais atenção e garantiu que o Fundam começa a ser liberado na próxima semana. A casa ficou cheia.
Na votação dos dois polêmicos projetos de renegociação da dívida com a União e do congelamento de despesas públicas, a oposição mais barulhenta partiu do Sindicato da Saúde. Vaiaram os deputados do governo e aplaudiram os de oposição. E deram as costas para o deputado Kennedy Nunes (PSD), quando ele disparou da tribuna: “Eu não votei no governo que está aí! Eu não votei no 13! Eu não votei no Temer! Vocês, sim, votaram! Votaram em Dilma, afilhada de Lula, que afundou este país”. Enfatizou que nos Estados do Ceará e Piauí, onde o PT é governo, o congelamento é por 10 anos e não dois como o projeto catarinense.
O projeto 349, que trata da renegociação da dívida, foi aprovado por unanimidade. O PL 350, que fixa teto para reajuste salarial pelo IPCA e contingencia despesas públicas, gerou a maior polêmica. Mas foi aprovado de goleada com 27 votos a favor, 7 contra e uma abstenção.
O líder Darci de Matos (PSD) defendeu a aprovação citando cinco argumentos: é imposição da União, trará economia de R$ 7 bilhões, dará economia à atividade meio, congelará o duodécimo dos poderes e vai evitar a bancarrota que se viu no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
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