Com Petkovic invicto, Criciúma busca fazer história de novo contra o Grêmio

O Criciúma já garantiu a primeira parte e mais difícil do desafio desta terceira fase da Copa do Brasil: bater o Grêmio na Arena e trazer vantagem para o jogo da volta, hoje, às 21h. Agora, o Tigre tem 90 minutos decisivos para confirmar a boa fase diante de sua torcida, no Heriberto Hülse. Com um empate a equipe carimba a classificação às oitavas de final. Derrota por 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis.

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Relembre o título de 1991 do Tigre

Desde que o técnico Petkovic assumiu o comando, o Criciúma não sabe o que é perder. São sete jogos em campanha invicta em uma crescente fundamental para recuperar a equipe, que teve dificuldade no início desta temporada após a queda da Série A no ano passado. A sequência boa empolga o grupo, que recebeu um gás extra com a vitória sobre o Grêmio no jogo da ida.

A importância da disputa de hoje cresce ainda mais diante do histórico do Criciúma, campeão da Copa do Brasil de 1991, justamente contra a equipe gaúcha. Por outro lado, desde 2008 o Tigre não foi tão longe na competição. O melhor desempenho desde o título foi em 1992 e 1996, quando foi eliminado por Fluminense, e pelo próprio Grêmio, nas quartas de final. Mas, para o técnico, o presente está acima de tudo.

– Eu não sei o quanto é importante para o torcedor, mas para mim e o nosso time nesse momento é fundamental esse jogo. Sabemos da importância, queremos fazer o melhor possível e não vamos desistir nos 90 minutos – disse Petkovic (leia entrevista abaixo).

O Criciúma deve ter poucas alterações em relação à equipe que atuou em Porto Alegre. Fábio Ferreira volta à zaga, em dupla com Wanderson. Paulinho e Neto Baiano ficam impedidos de disputar a Copa do Brasil, por já terem atuado na competição por outras equipes. A única dúvida de Pet é na frente, entre Paulo Sérgio e Tiago Adan.

Em entrevista coletiva antes da disputa, o técnico Petkovic demonstrou estar preparado para repetir a façanha do jogo da ida.

“Temos que acreditar”

O Criciúma terá a mesma cara e determinação que teve em Porto Alegre?

Petkovic – A gente pretende fazer isso. Nossa intenção é repetir o bom jogo contra um grande time que é o Grêmio. Estamos trabalhando para isso e preparando para que a gente possa fazer uma grande atuação de novo.

O que foi possível aprender nessa vitória sobre o Grêmio?

Petkovic – A gente aprende nas vitórias, aprende nas derrotas. A gente viu que pode jogar de igual pra igual contra o Grêmio. Mostramos que também somos um time grande contra um dos melhores do momento. Temos que ter a mesma disposição, a mesma vontade, a mesma confiança. Enfim, temos que acreditar que podemos repetir esse jogo na frente da nossa torcida, que espero que venha nos apoiar.

Você diz que aprende nas derrotas, mas até agora você está invicto como técnico do Criciúma.

Petkovic – A derrota não é simplesmente resultado, às vezes é não conseguir fazer aquilo que você pensou, fazer um bom jogo. Chamo de derrota quando não consigo criar bastante como se quis fazer, estratégia e tática que não se conseguiu fazer andar muito, um contra-ataque não concluído, concluir aquilo que tem que ser feito, às vezes não se consegue dar sequência à alguma coisa, tudo isso é uma derrota.

Qual a importância do apoio do torcedor?

Petkovic – Quando o time está se deixando levar pelo cansaço, precisa da presença do torcedor nas arquibancadas, do grito, de apoio, de torcer. A musiquinha é boa, mas isso quatro ou cinco torcedores fazem. Mas 15 mil de público seria fundamental nesse jogo para levantar e dar aquela motivação, apesar de que eu acho que o time está super motivado pela importância desse jogo e do adversário que a gente está enfrentando.

Esse time já tem a sua cara depois de sete jogos?

Petkovic – Se tiver a minha cara é muito feio (risos). Mas brincadeiras à parte, tem a questão do cansaço. Contra o Bahia cansamos, mas conseguimos três pontos muito importantes. Ainda precisamos de tempo para melhorar. Para poder assimilar essa ideologia de ter cara do treinador, só depois de três meses à frente do clube. A gente ainda está trabalhando, assimilando, um jogo vai bem, outro vai mal. Pode levar até seis meses para acontecer.

FICHA TÉCNICA

CRICIÚMA

Luiz; Maicon Silva, Wanderson, Fábio Ferreira, Guilherme Santos; Wellington, Marcão, Rodrigo Andrade; Juba, Lucca, Paulo Sérgio (Tiago Adan)

Técnico: Petkovic

GRÊMIO

Marcelo Grohe; Galhardo, Geromel, Erazo e Marcelo Hermes; Walace, Maicon, Giuliano, Douglas e Pedro Rocha; Luan

Técnico: Roger Machado

Arbitragem: Flávio Rodrigues Guerra (SP), auxiliado por Bruno Boschilia (PR) e Vicente Romano Neto (SP)

Local: Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma

Horário: 21h

Ingressos: Promocional para sócios por R$ 50 ou R$ 120 inteira, R$ 60 meia e R$ 15 infantil

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