O presidente da Chapecoense foi o convidado desta segunda-feira no programa Debate Diário. Direto de Chapecó (por videoconferência), Sandro Pallaoro conversou com Roberto Alves, Marcos Castiel, Renato Semensati e Paulo Branchi e garantiu que o Verdão do Oeste não fará loucuras para trazer grandes estrelas. Segundo Pallaoro, a manutenção da maior parte do elenco que conquistou o acesso é o grande trunfo do clube para a temporada e o Estadual será a primeira meta. O cartola reconhece que não será fácil jogar longe da Arena Condá, ainda em obras, mas destaca que a ampliação do estádio para o Brasileiro permitirá ao clube, inclusive, aumentar o quadro de sócios-torcedores na segunda metade do ano.

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::: A CONVERSA

Diário Catarinense/Rádio CBN – A Chapecoense está preparada para a Série A?

Sandro Pallaoro – Estamos nos preparando, mas com os pés no chão. Não podemos fazer loucuras em relação aos salários do treinador e dos atletas. Trouxemos nove jogadores, mantivemos 16 do grupo que conseguiu o acesso. Na Série A, a responsabilidade aumenta. Mas agora pensamos apenas no Estadual.

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DC/CBN – Pelo momento e pelo orçamento maior do que alguns concorrentes, a Chape é favorita ao título?

Pallaoro – Vamos entrar com humildade, sabendo das dificuldades do Catarinense, até pela fórmula do torneio, com apenas um turno e quatro classificados para o quadrangular.

DC/CBN – Você acredita que algum dos chamados pequenos tem chances?

Pallaoro – O Metropolitano vem de excelentes campanhas nos últimos anos e chega com força. As outras quatro também estão treinando há mais tempo e podem surpreender.

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DC/CBN – O time da Chapecoense está fechado ou pode chegar mais alguém?

Pallaoro – Existe a possibilidade de trazermos mais um meia destro, que seria opção para fazer a função que era exercida pelo Athos no ano passado.

DC/CBN – Falou-se em uma possível chegada do Douglas, meia que está no Corinthians. Existe alguma chance?

Pallaoro – Não vamos trazer atletas com salários astronômicos, isso está fora de questão. Há muitos jogadores bons no mercado que se encaixam na realidade do clube e que muitas vezes não são observados por outras equipes. O nosso departamento de Futebol já tem jogadores mapeados em todo o país.

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DC/CBN – Mas os investimentos para a formação do time estão muito maiores do que nos anos passados, certo? Qual será a cota de TV recebida pelos direitos dos jogos da Série A?

Pallaoro – Na folha salarial, tivemos um acréscimo de aproximadamente 25%. Ela vai girar em torno de R$ 700 mil até o fim do Estadual. Já para o Brasileiro, deve haver um aumento significativo. A cota de TV será de 18 milhões e existe a possibilidade de, em março ou abril, vir mais um aporte de um ou dois milhões. Mas isso não é garantido.

DC/CBN – E a questão física, já que o time foi um dos últimos a se reapresentar, preocupa de alguma forma?

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Pallaoro – Não, pois temos hoje um dos melhores preparadores físicos do país (Anderson Paixão) e, dos atletas que ficaram, nenhum voltou acima do peso. Mas é claro que não entraremos 100%, como no ano passado.

DC/CBN – A Chape foi o clube brasileiro que mais cresceu nos últimos anos. Como está o quadro de sócios nesse momento?

Pallaoro – Temos 9.300 associados. Pode haver novas vagas se alguns deles não fizerem o recadastramento até o dia 28. A capacidade da Arena é de 10 mil torcedores, por isso não podemos trazer novos sócios. Só poderemos aumentar esse quadro para o Brasileiro, após a conclusão das obras no estádio.

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DC/CBN – E como está o andamento das obras no estádio?

Pallaoro – As obras estão adiantadas em cinco dias. A previsão é de que a Arena esteja pronta até o dia 20 de abril. Começaremos a Série A no nosso estádio, já com capacidade para 20.800 torcedores. Aí poderemos aumentar o nosso quadro para 13 mil sócios.