Enquanto Itajaí ainda se prepara para receber a The Ocean Race neste ano — pela 4ª vez consecutiva —, a maior regata transoceânica do planeta começa a dar os primeiro passos em Alicante, na Espanha. Apesar de a competição em si iniciar apenas no outro domingo, dia 15 de janeiro, neste fim de semana as ações que envolvem o evento já começam a movimentar o Velho Continente.

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Neste ano, a The Ocean Race também terá um percurso histórico: o trajeto entre a cidade do Cabo, na África do Sul, e Itajaí terá recorde de distância de travessia de uma só etapa da viagem de volta ao globo. Os participantes irão navegar por 12.750 milhas náuticas, o que equivale a mais de 23 mil quilômetros em uma maratona que dura um mês. A previsão é que os primeiros barcos cheguem no litoral catarinense a partir do dia 1º de abril.

Mesmo que ainda faltem alguns meses, neste fim de semana as atividades da regata transoceânica já iniciam no continente europeu e, no domingo (8), os velejadores participam de uma competição conhecida como In-Port Race, que ocorre nos locais de parada. Depois, no próximo fim de semana, ocorre a largada oficial dos velejadores de Alicante até Cabo Verde, no continente africano.

Itajaí, por sua vez, também se prepara para receber esta edição da The Ocean Race. O Centreventos Luiz Henrique da Silveira já mudou a identidade visual para sediar a Ocean Live Park, nome dado à Vila da Regata. O local ficará aberto ao visitantes a partir do dia 29 de março e fecha em 23 de abril, data em que os competidores deixam o litoral catarinense e partem rumo a New Port, nos Estados Unidos.

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Com atividades para todas as idades, o espaço reserva para o público atrações culturais, feira de negócios, brinquedos, simuladores, visitações e palestras. O acesso ao Ocean Live Park é gratuito.

Centreventos de Itajaí (Foto: Marcos Porto)

Além de ser a maior regata de volta ao mundo do planeta, a competição também traz impacto econômico positivo em Santa Catarina. A última edição do evento, em 2018, movimentou mais de R$ 83 milhões no Estado, 28% a mais do que a parada anterior, no ano de 2015. Os dados são da prefeitura de Itajaí.

Deste valor, 75% ficou em Itajaí e região. Já o Governo catarinense arrecadou mais de R$ 5 milhões em impostos com a regata.

Na época, a rede hoteleira do município também foi impulsionada e lucrou em torno de R$ 5 milhões com o evento. A competição ainda fez com que o setor triplicasse o número de leitos para atendimento aos visitantes nos últimos anos.

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Sobre a competição

A The Ocean Race, antiga Volvo Ocean Race, reúne alguns dos melhores velejadores do mundo e, pela primeira vez, a corrida tem início e fim no Mar Mediterrâneo.

Outra novidade é que, em 25 anos, a competição nunca contou com duas classes de barcos, o que muda em 2023. Agora, há também a IMOCA 60, composta por cinco embarcações de alto rendimento. Já os seis monotipos VO65, que competiram nas últimas edições, continuam, mas lutarão pelo troféu Ocean Challenge, disputado apenas na Europa. O resultado dessas mudanças proporciona uma regata mais rápida, extrema e também aumenta o nível de dificuldade.

Em Itajaí, chegam, portanto, apenas os barcos da classe IMOCA, denominados como: 11th Hour Racing Team (Estados Unidos); Team Malizia (Alemanha); Team Holcim-PRB (Suíça); GUYOT environnement – Team Europe (França/Alemanha) e Biotherm Racing (França).

*Estagiária sob supervisão de Augusto Ittner

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