Franco e realista, Guilherme Macuglia sabe o que encontrará pela frente neste Catarinense. Duas competições distintas: entre os grandes, que preparam o elenco para uma temporada de Série A, Copa do Brasil e, quem sabe, Sul-Americana, e entre os pequenos, que brigam para garantirem qualquer calendário para além do Estadual.
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Sob o comando do técnico gaúcho, de 53 anos, o Marcílio Dias compõe o segundo grupo, para qual o título na verdade é conquistar uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro.
O treinador prefere manter os pés no chão, mas sem menosprezar o time que tem em mãos. A estratégia de Macuglia, que já passou por Chapecoense, Figueirense, JEC e foi campeão da Série C com o Criciúma, é mesclar muita experiência com uma pitada de juventude. Para isso, escalou nomes conhecidos do futebol catarinense como Thoni, Athos, Ronaldo Capixaba, Schwenck e Soares.
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Com qual objetivo você entra neste Catarinense?
Macuglia – A meta é como a das demais equipes menores: definir um calendário para o segundo semestre. Essa é a nossa maior dificuldade. Então o objetivo é buscar uma vaga na Série D do Brasileiro, que ano passado nos prometeram mas depois tiraram.
A aposta é em um grupo mais experiente?
Macuglia – É importante ter jogadores experientes, que já tiveram passagem pelas equipes de Santa Catarina, para dar um equilíbrio com os mais jovens. A experiência de jogar num Orlando Scarpelli, numa Ressacada, é essencial para mantermos uma equipe bem equilibrada. Esse já estava sendo nosso planejamento no ano passado e neste ano estamos repetindo. Mas desta vez vamos tentar corrigir os erros que cometemos em 2014, quando tivemos dificuldades no setor defensivo. O ataque foi muito bem, tivemos três jogadores na briga pela artilharia, mas a defesa deixou a desejar. Então este ano contratamos jogadores com outras características.
Qual a expectativa para o campeonato de uma maneira geral?
Macuglia – Acho que vai ser mais competitivo ainda do que ano passado, que já foi muito difícil. As equipes vão usar o Catarinense para montar seus times para a Série A do Campeonato Brasileiro, ou a B, no caso do Criciúma. Pelos reforços, contratações que estão fazendo, vai ser bem competitivo. É um campeonato que tem uma visibilidade muito grande, o pessoal de fora acompanha de perto, porque a evolução do futebol catarinense trouxe uma visibilidade para todos os profissionais, por isso acredito que será um dos melhores estaduais do Brasil.
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E é possível encarar esses times de frente?
Macuglia – Como começamos a pré-temporada antes, em dezembro, esperamos levar uma pequena vantagem com a parte física, iniciar melhor nesse aspecto pelo menos até a segunda rodada. Depois nivela tudo e prevalece a qualidade do grupo. Sem contar que os times grandes ao menos mantiveram uma base, enquanto as equipes menores reformularam muito.
Com realidades tão distintas, o que você passa para motivar o grupo?
Macuglia – A maioria dos jogadores que temos no plantel já teve passagem por equipes grandes, então procuro passar para eles que futebol é uma questão de momento. E temos que fazer um momento bom da equipe do Marcílio, que com certeza vai abrir portas para todos.