Com um misto de decepção, orgulho ferido e lampejos de bom futebol, os espanhóis se despediram ontem nesta segunda-feira, em Curitiba, da geração mais vitoriosa da Fúria em Curitiba, goleando a Austrália por 3 a 0 na Arena da Baixada.
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O jogo pouco fez para minimizar o vexame, mas pelo menos melhorou um pouco o humor de espanhóis e descendentes com o time de Villa e Iniesta.
– Não é porque perderam que não são bons. O grande problema da seleção foi que ela chegou ao Brasil se sentindo bicampeã e mostraram um futebol pouco efetivo, sem renovação – disse Gilmara Funes, descendente de espanhóis que mora em Curitiba e acompanhou à partida com o marido, Andrei, e as duas filhas, Bianca e Manuela.
Entre os torcedores que vieram da Espanha, o clima de conformismo era mesclado com o sentimento de necessidade de renovação. Segundo eles, a formação do time com atletas “que já ganharam tudo” é uma das causas para o fiasco em terras verde-amarelas. Se a mudança é uma coisa esperada, o sentimento é de que isso não provoque mudanças na forma de atuar do time espanhol.
– Que a próxima geração, que será formada nos próximos quatro anos, mantenha a forma espanhola de jogar que conquistou o mundo com belas trocas de passe e manutenção da posse de bola, mas também precisamos criar alternativas de jogo, pois o mundo aprendeu a neutralizar o tique-taque – advertiu Felipe Santander, 36 anos.
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Com relação à permanência ou não do técnico Vicente Del Bosque no comando da Roja, os espanhóis tratam o assunto com cautela.
– É necessário analisar os candidatos muito bem. Não podemos permitir apostas – completou Roberto Órdenes, 39 anos, dono de um bar em La Coruña.
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