Com oito anos de atraso, mesmo que pronta, a estação de tratamento de esgoto no Campeche, Sul da Ilha, não teria condições de funcionar. O ICMBio não concorda com o lançamento do efluente tratado no Rio Tavares. O órgão federal defende que o resultado do tratamento seja despejado nos canais do bairro Saco dos Limões.

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A obra está em construção desde 2008. Era para ser concluída em 2011. No início, os maricultores e uma parcela da comunidade foram contra. O assunto foi parar no poder judiciário. A Casan obteve novas licenças, retomou a obra e manteve o projeto original com a condicionante de estudar uma possibilidade de lançar o efluente tratado no Rio Tavares. Durante o impasse, a agência japonesa, Jica, órgão financiador, desistiu de participar. A verba foi alocada no projeto de saneamento dos Ingleses.

No Campeche, dos 53 quilômetros previstos, 43 já estão embaixo da terra. A obra da estação está bem adiantada e tem prazo de conclusão até o final do ano. O valor da obra é de R$34,8 milhões. 58% de recursos próprios da Casan. Caso o efluente tratado seja lançado no Saco dos Limões, estima-se que fique R$20 milhões mais cara. O fato é que, em função desse impasse, uma obra que era para estar pronta há oito anos, pode ficar R$20 milhões mais cara e, enquanto isso, o esgoto segue lançado no meio ambiente no sul da ilha, que não possui nenhum tio de tratamento de esgoto.