Em queda livre desde a última semana de dezembro, o preço médio do metro cúbico do gás natural veicular (GNV) cobrado nos postos em Santa Catarina chegou a R$ 1,93 na semana passada, o menor do país e ainda R$ 0,13 mais barato do que São Paulo, o segundo colocado.
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Enquanto isso, o preço da gasolina, mesmo com redução das refinarias no mês passado, baixou apenas R$ 0,02 no período no Estado, em média R$ 3,69, quase o dobro do gás. Quem já é adepto do sistema garante: se despertar o interesse, esta é uma boa hora de mudar o sistema de combustível.
– No meu carro eu tenho GNV porque primo pelo conforto. Ele é muito confortável e tem um consumo considerável. E em função da economia, optei pelo GNV. Estou muito satisfeito com meu consumo hoje – afirma Vieira.

O presidente da SCGás Cósme Polêse defende que, diferente da gasolina, que impactada diretamente pelo preço do barril de petróleo no mundo, e do álcool, dependente da safra de cana-de-açúcar, o gás tem maior estabilidade nos preços, embora também esteja atrelado ao preço do barril.
– O cenário que se apresenta no momento tende a melhorar. Não tenho dúvida de que este é um cenário otimista para quem quer fazer conversão. No desenho do médio prazo, esse preço deve se manter por um bom tempo – garante Polêse.
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– Historicamente, o GNV sempre foi vantajoso e apresentou economia na casa de 45%, quando estava mais próximo do preço da gasolina. As oscilações de tarifas ocorrem uma vez ao ano. Dois anos atrás, por exemplo, aumentou 0,7% e, na verdade, deu R$ 0,02. Fica muito destoante quando se observa a variação do preço do GNV comparado à da gasolina – afirma o coordenador do Mercado Automotivo da SCGás, Ronaldo Macedo Lopes.
O sobe e desce da gasolina nos últimos dois anos aumentou a procura nas convertedoras do Estado. Segundo Frederico Kellers Filho, proprietário da UseGás Auto Center, oficina de São José especializada na instalação dos kits GNV, desde outubro cresceu a procura pelo modelo:
– Ultimamente cresceu a procura do usuário particular. Hoje, esse perfil responde por grande parte do que atendemos aqui. Desde o ano passado, o mercado já tinha aquecido bastante.
– Hoje o camarada que mora no Continente e vai para a Ilha todo dia e fica parado no trânsito tende a gastar muita gasolina. Não precisa rodar tanto para o GNV ter retorno – garante Kellers.
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Para o atendente de oficina da Edgás Convertedora, de Blumenau, Luiz Alberto Lucas, o crescimento da procura tem sido intenso por particulares e empresas. A cidade conta com o maior número de veículos nesse sistema no Estado: são mais de 12 mil.
– Temos problemas no Oeste e no Meio-Oeste ainda porque o gasoduto está no litoral, precisamos interiorizar. Estamos trabalhando para fazer redes locais e levar o gás comprimido para atender essas regiões mais distantes da rede transportando com caminhões – explica Polêse.
A companhia está fazendo os estudos para lançar a primeira licitação. Sombrio, Garuva e Lages são cidades que já estão no projeto.
O coordenador de Mercado Automotivo da SCGás, Ronaldo Macedo Lopes orienta procurar apenas convertedoras que sejam homologadas pelo Inmetro. No Estado, são pelo menos 55 registradas no órgão de controle federal.
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