A soberania de Pelé no Santos sempre foi inquestionável, mas ele começa a ganhar um sucessor a cada façanha de Neymar. Pelo menos para os torcedores mais jovens, que só podem se contentar com o Rei no imaginário.
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O santista ou qualquer outro torcedor que não pôde presenciar o maior jogador de todos os tempos parar uma guerra ou receber aplausos de um árbitro, hoje pode ser dar ao luxo de acompanhar pessoas deixando a rivalidade de lado para reverenciar um ídolo seu.
O episódio de Belo Horizonte no último sábado, em que os cruzeirenses se renderam ao talento de Neymar é emblemático e evocou na cabeça, principalmente dos mais velhos, os tempos lendários do Rei.
O técnico Muricy Ramalho, campeão de tudo nos últimos anos, disse que havia tempos não via coisa parecida no futebol e levantou a possibilidade de a atitude fazer Neymar permanecer no Brasil após o término de seu contrato com o Santos, em 2014. O pai do craque concorda.
– Neymar tem de encarar toda partida como decisiva. Ele tem de estar feliz, é a alegria dele que vai fazê-lo ficar. E é claro que ser reconhecido pelos rivais faz com que todos reflitam. Por que não? – afirmou Neymar dos Santos, pai de Neymar, ao L!.
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Se confirmada a projeção, Neymar poderá seguir quebrando recordes no Santos e cada vez mais se aproximar de Pelé ou pelo menos ter apenas o Rei à sua frente quando pendurar as chuteiras, o que Robinho, por exemplo, não conseguiu.
Este ano, Neymar virou o maior artilheiro do clube após a era Pelé com gol diante do Bolívar. Já é segundo maior em Nacionais e pode luta para ser o que mais marcou na mesma temporada. Mas e Pelé?
– O Pelé a gente tira daí, e depois a gente busca outra marca – brincou Neymar após o jogo do Cruzeiro.
O craque ainda tem muito a buscar no Santos e não dá para prever o que será dele. Mas uma coisa é certa: quem não viu Pelé já pode dizer que viu Neymar. Sem passar vergonha.
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Neymar: o Pelé dos tempos modernos?
Ainda falta superar
Atualmente, Neymar tem 122 gols pelo Santos, em 203 jogos. Em ambos os quesitos, está distante do segundo colocado: Pepe, que anotou 405 gols em 750 jogos. Para superar os gols, Neymar precisaria de pelo menos mais sete anos no clube com média de 40 gols por temporada (este ano tem 41). Em jogos, seriam 11 anos, com média de 50 jogos.
Já é realidade em gols
Maior artilheiro após a era Pelé, o segundo maior em Nacionais (52), o segundo maior em Libertadores com Robinho (14) e corre atrás de Serginho Chulapa para ser o maior em um mesmo ano após após a era Pelé: Chulapa anotou 45 gols em 1983.
Títulos para superar
Tem seis pelo clube até agora: três Paulistas, Copa do Brasil, Libertadores e Recopa Sul-Americana. O recordista após a era Pelé é Léo, com dez, mas o veterano pode encerrar a carreira este ano, abrindo espaço para o craque se consolidar como o maior vencedor após o Rei, sendo protagonista das conquistas. O Brasileiro e o Mundial ainda não constam em sua galeria.
Prêmios individuais
Como era característicos do Rei, Neymar é uma máquina de ser artilheiro: este ano, foi do Paulista e da Libertadores, também já foi da Copa do Brasil em 2010 e este ano concorre pela segunda vez à Bola de Ouro, da Fifa.
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