Os hotéis e pousadas de Florianópolis registraram neste Réveillon a maior taxa de ocupação para o período dos últimos 10 anos. A média geral de ocupação na cidade foi de 96,5% dos leitos ocupados, um aumento de 1,3% em comparação com a virada de ano de 2018 para 2019, quando os estabelecimentos tiveram 95,3% de lotação.
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Este foi o segundo ano consecutivo de alta na taxa de ocupação. O percentual leva em conta uma pesquisa feita com 62 estabelecimentos da região, responsáveis por 6,2 mil leitos.
Em destinos mais concorridos, o resultado foi motivo para ainda mais comemoração. Nos hotéis localizados nas regiões de praias, por exemplo, a ocupação chegou a 97,9%, e nas áreas termais, o percentual de quartos com hóspedes também chegou à casa dos 97%.
Segundo o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, Estanislau Bresolin, até aqui os números são motivos de comemoração. Para o dirigente, o tempo firme, com sol em quase todos os dias que antecederam a virada, a consolidação de Florianópolis como um destino tradicional de Réveillon com público cativo e novidades como a reabertura da Ponte Hercílio Luz com direito a cascata de fogos foram os principais atrativos que trouxeram mais turistas a Florianópolis.
– A gente atingiu no ano passado uma média acima do que vinha ocorrendo e, este ano, conseguimos aumentar mais um pouquinho. Quando se chega nesse nível é muito difícil aumentar, porque já estamos com muitos hotéis na faixa de 100%. Então, realmente, é uma média de excelente nível – indica.
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Setor comemora alta de 7,7% no Natal
Além do Réveillon recorde, o setor do turismo também comemora bons números de hospedagem no Natal. A taxa de ocupação dos hotéis de Florianópolis nesta data passou de 61,2% para 65,9% – um crescimento de 7,7%.
Segundo Bresolin, o caso da data é diferente do Réveillon porque historicamente poucas pessoas viajavam para a praia nesse já nesse período. Em anos anteriores, a ocupação chegava a ficar na casa de 20% a 30%. O dirigente afirma que existe uma mudança de comportamento, com pessoas que decidem viajar também nos dias que marcam a chegada do Natal.
– Tivemos um crescimento expressivo, e tem espaço (para mais). As pessoas estão começando a se programar, nós estamos projetando eventos, os destinos turísticos começaram a trabalhar o Natal porque sentiram que há espaço e que o público está mudando de posição, decidindo viajar também nesta data – avalia.
Preocupação é com possível diminuição na vinda de argentinos
Se até aqui os números da hotelaria representam motivos para comemorar, a preocupação no setor envolve o que está por vir a partir de segunda-feira (6). Isso porque o público no Natal e Réveillon sempre teve maioria formada por brasileiros.
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O período pós-Réveillon costumava ser o que marcava a chegada dos argentinos e turistas estrangeiros, que respondem por boa fatia dos visitantes de Florianópolis durante o verão. Na última temporada, por exemplo, 32,5% dos turistas eram estrangeiros – um a cada três. Desse percentual, 22,6% vinham da Argentina.
O problema é que a crise no país vizinho fez muita gente refazer os planos de viajar e o temor é de que possa haver uma vinda em menor proporção dos hermanos para as praias de Floripa.
– Até aqui podemos fazer festa. Agora vamos ver se o público de veraneio e férias está no mesmo pique, na mesma progressão. O maior público sempre foi o argentino, que se retraiu pela crise econômica, então vejamos se os brasileiros conseguem suprir parte disso – avalia o dirigente.