O clima de campanha eleitoral ainda não tomou as ruas da cidade, mas oficialmente está aberta a temporada de caça aos votos em Criciúma. Depois de dar a maior votação para prefeito da história do município a Clésio Salvaro (PSDB), barrado pela lei da Ficha Limpa, em outubro passado, os eleitores deverão comparecer novamente às urnas em março.
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Os personagens são outros e o tucano, desta vez, atuará como coadjuvante. Enquanto a eleição de outubro foi marcada por uma disputa polarizada entre a coligação de Salvaro e a reunião da oposição em torno da candidatura de Romanna Remor (PMDB), a nova disputa dividiu os partidos que querem tirar do poder o grupo político que governou a cidade nos últimos quatro anos.
O PT, que indicou o vice de Romanna, sairá numa chapa pura encabeçada pelo economista Fábio Brezola. O DEM, que também estava naquela coligação, lançou o médico Américo Faria.
Amargando o resultado de 21,4 mil votos (17,8%) em outubro, os peemedebistas escolheram o deputado federal Ronaldo Benedet para a nova disputa. Apesar da derrota na base eleitoral do presidente do partido, o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, Benedet garante que Romanna terá uma forte atuação na campanha.
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– Romanna deixou a eleição de cabeça erguida. Ela está na minha coordenação de campanha – disse o deputado.
Do outro lado da trincheira, com o apoio de Salvaro, o ex-vice do tucano, Márcio Búrigo (PP), concorre pela situação. O principal desafio dele será mostrar que os resultados positivos da gestão de Salvaro também tiveram a marca Búrigo.
– Realmente fizemos um governo a quatro mãos. Mas agora, se eleitos formos, começa uma nova administração – diz.
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A leitura feita pelos adversários é de que o pepista não tem o carisma de Salvaro e isso faz com que ele não seja o franco favorito como foi o tucano em outubro.
– É outro momento, com um enfoque diferente – avalia Benedet, considerando que em outubro as discussões ficaram muito mais voltadas para questões judiciais do que para propostas à sociedade.