Os blocos carnavalescos e as escolas de samba de Joinville entraram na Beira-rio na noite deste sábado para manter vivo o Carnaval na cidade. Com o corte dos repasses do governo municipal e do Estado, o desfile não foi competitivo, o que não comprometeu em nada nos quesitos fantasias e alegria na avenida.

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Com o trânsito fechado na Beira-rio, a rua ficou reservada para os passistas. O público se reuniu ao redor das estruturas metálicas que cercavam a avenida. Em frente ao Centreventos, um caminhão servia como palco para as baterias. A promotora de eventos Gerusa Felizardo Silva, 35 anos, reuniu o marido, os dois filhos e a sobrinha para assistir ao desfile.

– É o terceiro ano que viemos ao Carnaval de Joinville. Este ano a infraestrutura não está tão boa, sem as arquibancadas, mas mesmo assim estamos gostando do desfile – contou a promotora, que levou bancos de plástico para o conforto da família.

O desfile deste ano foi organizado pela Liga das Entidades Carnavalescas de Joinville (Lecaj), com o apoio da Prefeitura, que participou com serviços como a segurança e a limpeza da avenida. Sem muito dinheiro, blocos e escolas tiveram que buscar alternativas.

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O bloco Império Joinvilense foi um dos nove a desfilar na noite de sábado. O presidente André Coelho conta que teve a ajuda de três patrocinadores para não ficar de fora da festa deste ano. O bloco reuniu cerca de 70 integrantes no terceiro ano de participação no Carnaval da cidade.

– Tivemos dificuldades, mas estou muito satisfeito com nosso desfile. O público é menor do que o ano passado, mas ainda assim satisfatório. Estamos em uma reconstrução do Carnaval de Joinville e esse é um trabalho de formiguinha – disse.

Após os blocos, foi a vez das seis escolas caírem no samba. A primeira a entrar na avenida foi a Serrinha, que contou com 120 membros e fez uma parceria com uma escola de São Francisco do Sul para montar o desfile deste ano. Os integrantes vestiram algumas fantasias reutilizadas do ano passado, outras novas, mas não perderam a alegria e o samba no pé.

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– Apesar de todas as dificuldades, quando você faz algo que gosta, tudo acaba dando certo – comentou a presidente da escola, Rosa Maria de Oliveira.

As escolas Unidos do Caldeirão, Príncipes do Samba, Dragões do Samba,Fusão do Samba e União Tricolor ainda passaram pela avenida Beira-rio durante o desfile, que foi até o início da madrugada.