Marquinhos saiu do banco apenas quando não tinha mais como o acesso escapar. O rosto avermelhado confessava que as lágrimas escorriam dos olhos. Então, Wilton Pereira Sampaio resolveu apitar pela última vez na Ressacada e decretar o empate em 0 a 0 entra Avaí e Ponte Preta. O trilar do apito foi o sinal que decretou o fim da carreira de Marquinhos aos 37 anos. A primeira ação como ex-jogador foi receber o abraço do zagueiro Airton e de membros da comissão técnica que estiveram próximos dele por mais de 90 minutos na tarde deste sábado. Um abraço coletivo e apertado e de missão cumprida.
Continua depois da publicidade
Não há o nome de Marquinhos na ficha técnica de sua última partida da carreira. O meia não entrou em campo diante do maior público do ano na Ressacada – 16.460 torcedores. Mas não diga que ele não disputou o jogo. Na reserva, passou o tempo todo sentado no banco de reservas, batalhando por cada bola dentro das quatro linhas, como se dentro delas estivesse.
Ficou na casamata o tempo todo. Nem no segundo tempo, quando os reservas foram para trás de uma das traves para o aquecimento, aguardando para serem chamados. Marquinhos seguiu sentado e apreensivo. Só se levantou aos 40 minutos do segundo tempo, mordendo o colete de reserva que vestia. Não se levantou para falar com o técnico Geninho em nenhum momento, porque tinha de continuar “jogando” com o time, sentado de onde estava. Nos acréscimos, passou a circular pela área técnica, sem conseguir conter a emoção.
Apito final trilado e primeiro abraço dado. Marquinhos se misturou ao azurras que invadiram o gramado. Um desfecho natural. A torcida entrou no campo para buscar o seu mais ilustre integrante a partir de agora.
Continua depois da publicidade
Confira a tabela da Série B do Brasileiro
Leia mais notícias sobre o Avaí