Sindicatos e movimentos sociais de Joinville protocolaram um documento exigindo a realização imediata de concurso público e o cancelamento do processo de transferência da gestão da UPA Sul e do Hospital Municipal São José para as Organizações Sociais (OS). A cidade não faz concursos públicos gerais desde 2014.
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O material foi entregue no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), no gabinete do prefeito Adriano Silva (Novo), no Ministério Público Federal (MPF) e no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Os grupos devem pedir a abertura de inquérito civil ao MPSC e MPF caso a prefeitura não faça os concursos e descarte a ideia de fazer as OSs. A ação contou com a participação de Jane Becker, presidente do Sinsej; Waldemar “Mazinho” Júnior, presidente do Sindicato dos Comerciários e da UGT-SC; Wanderlei Monteiro, da CUT-SC; e da vereadora Ana Lucia Martins (PT).
Os sindicatos não descartam a ideia de fazer manifestações em defesa dos dois temas. Jane afirma que há uma necessidade da cidade ter novos concursos públicos.
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— O prefeito Adriano precisa entender que o concurso público é prioridade imediata para resolver o problema grave de atendimento em todo o setor da saúde do município — diz.
No início de maio, a Secretaria de Saúde de Joinville informou na Câmara de Vereadores a existência de déficit de 350 servidores na saúde, em levantamento preliminar. Mais adiante, o número foi revisto e baixou para 190.
Para o Sinsej, baseado em dados de proporcionalidade no atendimento da saúde em uma cidade do porte de Joinville, seriam necessários mais 61 médicos, 522 agentes comunitários, 188 agentes de endemias, entre outras categorias, como odontólogos e auxiliares.
Procurada pela reportagem do A Notícia, a prefeitura de Joinville disse que não vai se manifestar sobre a ação dos sindicatos. E que “respeita o fato dos grupos estarem utilizando da sua prerrogativa legal de livre manifestação”.
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Quase 10 anos sem concursos em Joinville
O último concurso geral para servidores efetivos da prefeitura de Joinville foi realizado em 2014. Depois disso, foram feitas contratações de efetivos por meio de concursos específicos, como guardas municipais e, no governo Adriano Silva, para médicos do Saúde da Família e professores e auxiliares na Educação.
As demais contratações, inclusive no governo anterior, foram por meio de processos seletivos para temporários. Neste momento, estão sendo preparados concursos para saúde e educação, mas sem previsão de prazos para lançamento de edital.
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