A Seleção Brasileira feminina de vôlei sofreu para vencer a Turquia por 3 sets a 2, na estreia dos Jogos Olímpicos de Londres, neste sábado. O nervosismo apareceu como maior ‘marcador’ verde-amarelo, complicando um jogo fácil, forçando o tie-break. O jogo foi fechado com parciais de 25/18, 23/25, 25/19, 25/27 e 15/12. O confronto marcou o duelo de técnicos brasileiros: José Roberto Guimarães x Marco Aurélio Motta.

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No set inicial, a equipe brasileira soube se aproveitar dos equívocos das adversárias. Para ter ideia, os primeiros cinco pontos do Brasil vieram de três erros da seleção turca. Não demorou muito para as europeias acordarem e equilibrarem a partida. Os constantes empates no placar mostravam isso.

O momento mais tranquilo da partida veio no bom saque de Jaqueline que colocou o Brasil com sete pontos de vantagem, fazendo 13 a 6. Posteriormente, as jogadoras Thaisa e Sheilla, em erros simplórios de comunicação, fizeram a diferença de sete cair para apenas dois pontos.

Voltando a sacar bem, o Brasil começou a impor ritmo e recuperou a atenção, até então perdida, fazendo 23 a 16. A Turquia vendeu caro a derrota do 1º set, e obrigou ao treinador Zé Roberto, a pedir tempo técnico, já que a Seleção Brasileira não conseguia fechar. Jaqueline que apresentou os saques mais consistentes, finalizou a etapa inicial, fazendo 25 a 18 para o Brasil.

No 2º set, a constância nos erros, mudou de lado e foi parar na quadra verde e amarela. Com persistentes falhas de cobertura e bloqueio, o Brasil não conseguia abrir boa vantagem no placar, e quando a tinham, não passava da diferença de dois pontos.

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Percebendo a ineficiência brasileira, a equipe da Turquia cresceu e ficou várias vezes à frente no placar. O Brasil caiu de produção e desperdiçou vários contra-ataques, o que levou ao empate no marcador após 25/23.

A sucessão de erros persistiu na etapa seguinte e apatia brasileira se fazia presente. Sonsirna, líder da Turquia, percebeu isso, e comandou com maestria, os primeiros movimentos do 3º set. As estrelas brasileiras Sheilla e Paula Pequeno quase não apareciam e pouco puderam ajudar.

Era hora de mudanças e o treinador Zé Roberto estava atento a isso. Fernanda Garay entrou com a missão de reativar o brilho da atual seleção olímpica. E deu certo.

O Brasil recuperou o volume de jogo com uma equipe mais solta e os bloqueios, até então nulos, se tornaram as principais jogadas brasileiras, e assim, a equipe fechou o set em 25/19, passando a frente no marcador (2-1).

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No set que poderia fechar a partida, a Seleção Brasileira sabia que não tinha mais espaço para irregularidade. A equipe continuou apostando no bloqueio e chegou a abrir oito pontos de vantagem. O que o técnico José Roberto Guimarães não esperava era uma oscilação inexplicável. O castigo veio em seguida, e a Turquia levou o jogo para o tie-break, virando para 27/25 (2-2).

O sufoco para as atuais olímpicas continuou no tie-break. O equilíbrio no placar aumentava junto ao cansaço e as brasileiras suaram a camisa, mais do que o esperado, para fechar a partida parcial de 15/12 (3-2).