No segundo dia de greve dos funcionários da Comcap, que se opõem ao projeto de transformar a companhia em uma autarquia e reclamam da falta de equipamentos e caminhões para a coleta, as ruas de Florianópolis estão repletas de sacos de lixo à espera do recolhimento. Nesta terça-feira, 11, do Centro ao Estreito, não houve uma rua em que a reportagem da Hora de Santa Catarina não observou o lixo acumulado nas calçadas.
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— Está começando a acumular, me incomoda ver toda essa lixarada na rua. A sorte é que não tem muito cachorro fuçando o lixo, se não ficaria tudo espalhado pelas ruas — comenta o morador do bairro Coloninha, Willian Diovane, de 25 anos.
Para evitar que a situação se agrave ainda mais, a prefeitura negocia a contratação de uma empresa para fazer a coleta emergencial do lixo durante a greve. Segundo a assessoria do prefeito Gean Loureiro, resta definir o tempo de atuação — que deve ser “enquanto perdurar a greve” — e a maneira de colocar isso juridicamente no contrato para que a empresa passe a operar na cidade. A previsão é de que isso aconteça entre terça e quarta-feira, 12.
Para o professor de Ciências, Silvio Fernando, de 59 anos, é importante a retomada dos serviços para evitar a proliferação de possíveis doenças relacionadas ao acúmulo de lixo.
— Esse lixo, jogado assim, pode atrair ratos e baratas. A coleta é uma questão de saúde pública, não pode ficar assim — reclama Fernando.
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Até que a coleta seja restabelecida, a recomendação da prefeitura é para que a população use o bom senso e evite colocar os sacos de lixo nas ruas e calçadas, armazenando em casa, caso tenha local adequado para isso.