Cara fechada, de mau. O sorriso demorou a sair depois que a bola encontrou a rede do adiantado Jandrei. Gustavo Ferrareis arriscou e pareceu não acreditar no feito. A explosão de alegria custou alguns segundos para aparecer. Talvez incrédulo com o que alcançou: o gol do 18º título do Campeonato Catarinense ao Figueirense após a vitória por 2 a 0. Um chute de rara felicidade, se não única, porque valeu o troféu máximo do futebol de Santa Catarina.
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Desde os primeiros minutos, as primeiras finalizações mostraram a determinação clara do técnico Milton Cruz de que os jogadores arriscassem de fora da área. O próprio Ferrareis tentou uma vez, mas aos 12 minutos ele foi certeiro e surpreendente. Uma cobrança de lateral encontrou ele no meio de campo, pouco a frente do círculo central. Sem marcação, com o goleiro Jandrei sem esperar tamanha ousadia, ele soltou a bomba. Um chute que parecia torto e que desceu certeiro ao entrar no gol.
Porém, a partida de Ferrareis não se resumiu ao gol. O jogador foi incumbido de estar próximo do lateral-esquerdo Guilherme Lazaroni e bloquear o lado direito da Chapecoense, principal arma da equipe. A aparição no meio de campo para fazer o gol foi rara, por conta da missão de neutralizar o ponto mais forte da Chapecoense. Tanto que aos 32 do segundo tempo, não tinha como seguir em campo, extenuado. Deu lugar a Maikon Leite, o jogador que fez o segundo gol do Figueira e acabou com a pressão que o time sofria.
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