A atuação no primeiro tempo foi ruim, o Inter parecia prestes a tropeçar mais uma vez dentro de casa, mas o crescimento da equipe no segundo tempo foi suficiente para virar o marcador contra a Ponte Preta e vencer por 2 a 1, no Estádio Beira-Rio. Um gol de Mike, já aos 47 da segunda etapa, definiu a vitória colorada.
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A paciência pedida por Fernandão antes do início do jogo foi empregada com exagero por seus comandados e transformou-se na principal inimiga do Inter durante todo o primeiro tempo. Os primeiros 45 minutos de jogo tiveram a equipe colorada com a bola em seus pés, trocando passes de lado a lado, movimentando-se, mas raramente transformando o domínio em lances de gol.
Por volta dos 20 minutos, com algumas jogadas forçadas pelo lado direito e maior velocidade, o Inter até melhorou. Mesmo assim, um cabeceio de Rodrigo Moledo que quicou e passou por cima do gol e um chute travado de Forlán foram os lances que mais se aproximaram a uma chance de gol.
Se o Inter obedecia à risca a ordem de trabalhar a bola com cadência no campo de ataque, ignorava o que Fernandão vem pregando desde que assumiu o comando da equipe; a necessidade de marcar no campo ofensivo. A Ponte saía de trás trocando passes e recebia o primeiro combate na intermediária, já próximo da risca do meio-campo. Com isso, o Inter distribuía a equipe de intermediária a intermediária, algo que dificultava sua missão de chegar com maior força na área rival.
Mesmo assim, o time paulista pouco criava quando tinha a bola. A Ponte parecia satisfeita em esfriar o ímpeto colorado e fazer o tempo passar quando tinha a bola em seus pés. A falta de profundidade do Inter, porém, acabou sendo castigada ainda antes do intervalo.
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Após dividida do lado esquerdo da defesa colorada, a bola sobrou para Cicinho e ele arrancou em direção à área, antes de bater cruzado e rasteiro, no canto direito de Muriel. Ponte 1 a 0, aos 40 minutos de partida.
No intervalo, Fernandão sacou Ygor para a entrada de Maurides. O Inter voltou a campo reorganizado em um 4-2-3-1, com Elton e Guiñazu na proteção à defesa e uma linha de Forlán, Jajá e Fred encostando no jovem centroavante. Foi o suficiente para mudar completamente a cara do jogo.
A morosidade colorada do primeiro tempo foi substituida por uma movimentação frenética e a clara estratégia de buscar os lados do campo para levantar a bola na área adversária, aproveitando a altura de Maurides e Jajá. O resultado foi uma verdadeira enxurrada de cruzamentos e o Inter posicionado todo no campo ofensivo, empurrando seu adversário para trás.
A pressão não demorou muito a surtir efeito. Aos 14 minutos, Kleber levantou para a área e Jajá, até ali vaiado pelo torcedor colorado, cabeceou com estilo no canto direito. 1 a 1.
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Animado pelo gol, o Inter seguiu em cima da Ponte. Se antes as jogadas saíam quase que exclusivamente pelo lado esquerdo, o Inter passou a ameaçar pelos dois flancos. A velocidade ausente nos primeiros 45 minutos era evidente na movimentação dos jogadores. Faltava técnica no acabamento das jogadas, mas o ímpeto fazia com que a pressão fosse avassaladora.
Aos 30 minutos, Fernandão tentou sua cartada final ao colocar Mike no lugar de Kleber, passando Lucas Lima, que havia entrado no lugar de Fred, para a lateral-esquerda. O Inter seguiu buscando o gol e a insistência foi recompensada, já aos 47 minutos do segundo tempo. Mike recebeu na grande área e bateu com categoria, de pé esquerdo, no canto direito do goleiro Edson Bastos. Inter 2 a 1.
BRASILEIRÃO – 8/8/2012 – 16ª RODADA
INTER (2)
Muriel; Nei, Bolívar, Rodrigo Moledo e Kleber (Mike); Ygor (Maurides), Elton, Guiñazu e Fred (Lucas Lima); Jajá e Diego Forlán. Técnico: Fernandão.
PONTE PRETA (1)
Edson Bastos; Gerônimo, Gustavo, Tiago Alves e Uendel (João Paulo); Baraka, Somália, Cicinho, Marcinho (Caio); Rildo (Bruno Nunes) e André Luis. Técnico: Gilson Kleina.
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Gols: Cicinho (P), aos 39 do primeiro tempo, Jajá (I), aos 14 do segundo tempo, Mike (I), aos 47 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ygor, Guiñazu, Lucas Lima (I); Rildo (P).
Público: 11.147.
Renda: R$ 148.835,00.
Arbitragem: Sandro Meira Ricci (Fifa/PE), auxiliado por Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Bruno Boschilia (PR).
Local: Estádio Beira-Rio.