A estreia do Avaí no returno foi como o torcedor do Leão se acostumou, com emoção. Em dois tempos distintos, a equipe azurra conseguiu a virada sobre o Boa Esporte por 2 a 1, com gols de Renato Santos e Diogo Acosta. O resultado teve uma grande influência do técnico Hemerson Maria, que conseguiu mudar a postura do time no intervalo.
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Com a vitória o Avaí fica a três pontos do G-4, na 7ª posição, enquanto o Boa Esporte cai para a 13ª colocação. O próximo adversário do Leão é o São Caetano, rival direto na briga pelo acesso, no próximo sábado, em São Caetano do Sul. Já a equipe mineira enfrenta o Guarani, na sexta-feira, em Minas Gerais.
>> Confira as imagens do confronto na Ressacada
O Leão começou a partida impondo um forte ritmo de jogo. Com o lateral-direito Wagner Diniz pela primeira vez entre os titulares, o setor se destacou logo no início da partida. Contando com o apoio dos meias Cleber Santana e Nenê Bonilha e do atacante Diogo Acosta, a primeira jogada de mais perigo foi justamente pelo lado do campo. Aos cinco minutos Nenê Bonilha fez a ultrapassagem e cruzou, mas a bola não encontrou nenhum pé avaiano e atravessou a grande área.
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Mas apesar de ter o domínio da partida, foi o Boa Esporte quem chegou ao gol. Aos nove minutos Marcelo Macedo recebeu um lançamento e ganhou na corrida do zagueiro Jaílton, substituto do capitão Leandro Silva, que está machucado. De frente para Diego o atacante teve tranquilidade e bateu na saída do goleiro. O gol assustou o Avaí, que, dos pés de Cleber Santana, tentava produzir alguma jogada, ainda que sem grande perigo. Mais aberto, o Leão cedia espaços para o contra-ataque. Foi assim aos 14 e aos 16 minutos, com boas investidas da equipe mineira, impondo dificuldades à defesa avaiana.
O Avaí só chegava na base da vontade. Errando muitos passes e sem criatividade, a equipe reclamou de um pênalti aos 20 minutos. Depois de uma bola cruzada na área, Diogo Acosta dominou e chutou em cima da defesa. A bola bateu no braço do zagueiro, mas o árbitro Heber Roberto Lopes nada marcou. Três minutos mais tarde, a primeira finalização do Leão. Diogo Acosta recebeu na direita e rolou para Cleber Santana. Da entrada da área o camisa 10 bateu por cima da meta do goleiro Daniel.
Com um grande vazio entre a defesa e os volantes do Leão, o Boa chegava à base de lançamentos. O trio ofensivo da equipe mineira, com Marcelo Macedo, Francismar e Vanger era perigoso e, se tivesse um pouco mais de capricho, poderia ter ampliado a vantagem que levou para o intervalo.
No final do primeiro tempo, o zagueiro Renato Santos resumiu a atuação da equipe.
– O Avaí foi muito abaixo do que vem desempenhando – avaliou o camisa 3.
Na segunda etapa o Leão voltou mais forte e ofensivo. Ricardo Jesus entrou no lugar de Felipe Alves e Camilo na vaga do volante Bruno. E com um minuto e meio de jogo o Avaí conseguiu o que não fez nos primeiros 45 minutos: trabalhar a bola. Depois de uma série de passes Camilo deu uma cavadinha e deixou Diogo Acosta em boa condição, mas o atacante dividiu com o goleiro e não conseguiu finalizar.
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Com o Avaí mais solto em campo, a torcida começou a apoiar. Sem ligações diretas, o Leão conseguiu levar mais perigo. Aos nove minutos o merecido gol. Camilo, que fez sua estreia, bateu falta da esquerda e Renato Santos, de carrinho, completou para o gol. Prêmio para o competente zagueiro, que completou 32 jogos sem tomar cartão amarelo.
Após o empate o Leão diminuiu o ritmo. Sem criar, o jogo ficou truncado e faltoso. E foi justamente da bola parada que surgiu a virada avaiana. Aos 38 minutos, Pirão cobrou uma falta da direita e o goleiro Daniel tentou segurar, mas a bola, molhada por conta da chuva na Ressacada, escapou das mãos do camisa 1 e sobrou sozinha para Diogo Acosta completar para o gol vazio. Com a virada no final, a equipe conseguiu se postar defensivamente e manter o resultado.
AVAÍ
Diego; Wagner Diniz, Jailton, Renato Santos, Julinho; Bruno (Camilo), Rodrigo Thiesen, Nenê Bonilha (Pirão), Cleber Santana; Felipe Alves (Ricardo Jesus), Diogo Acosta
Técnico: Hemerson Maria
BOA ESPORTE
Daniel; Neilson, Carciano, Neylor, Petrus (Higo); Radamés, Olívio, Everton (Michel Elói), Francismar (Serginho); Vanger, Marcelo Macedo
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Técnico: Sidney Moraes
Gols: Marcelo Macedo (B), aos nove minutos do 1º tempo. Renato Santos (A), aos nove minutos do 2º tempo e Diogo Acosta (A), aos 39 minutos do 2º tempo
Amarelos: Cleber Santana (A), Neilson (B), Francismar (B), Neylor (B), Olívio (B)
e Carciano (B)
Arbitragem: Heber Roberto Lopes, auxiliado por Moises Aparecido de Souza e Pedro Martinelli
Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis
Público: 3.414
Renda: R$ 34.395,00